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(Reuters) - Um ataque do Hamas contra Israel, que combinou homens armados que ultrapassaram barreiras de segurança com uma barragem de milhares de foguetes disparados de Gaza, foi lançado na madrugada deste sábado, durante o feriado judaico de Simchat Torah.
O ataque ocorreu 50 anos e um dia depois que as forças egípcias e sírias lançaram uma ofensiva durante o feriado judaico do Yom Kippur, em um esforço para recuperarem território que Israel havia tomado durante a Guerra dos Seis Dias travada em 1967. Os ataques do Hamas se desdobraram desta forma:
BARRAGEM DE FOGUETES - Por volta das 6h30 da manhã (1h30 horário de Brasília), o grupo islâmico palestino Hamas disparou uma enorme barragem de foguetes no sul de Israel, com sirenes ouvidas em locais tão distantes quanto Tel Aviv e Beersheba.
O Hamas disse que disparou 5 mil foguetes em uma primeira ofensiva. Os militares de Israel disseram que 2.500 foguetes foram disparados. Fumaça se espalhou sobre áreas residenciais israelenses e pessoas se abrigaram atrás de prédios enquanto sirenes soaram no céu. Pelo menos uma mulher foi morta pelos foguetes.
INFILTRAÇÃO NA MADRUGADA - A barragem serviu de cobertura para uma infiltração sem precedentes de combatentes em várias frentes, com os militares israelenses dizendo às 7h40 (2h40 no horário de Brasília) que homens armados palestinos haviam invadido Israel.
A maioria dos combatentes atravessou por brechas nas barreiras de segurança terrestre que separam Gaza e Israel. Mas pelo menos um deles foi filmado atravessando por meio de um paraquedas motorizado, enquanto um barco a motor foi filmado indo para Zikim, uma cidade costeira e base militar israelense.
Os vídeos divulgados pelo Hamas mostraram combatentes rompendo as cercas de segurança, com a luz fraca e o Sol baixo sugerindo que a ação ocorreu por volta da hora da barragem de foguetes. Um vídeo mostrou pelo menos seis motocicletas com combatentes atravessando um buraco em uma barreira de segurança de metal. Uma fotografia divulgada pelo Hamas mostrou uma escavadeira derrubando uma seção da barreira de segurança de Israel.
COMBATES EM BASES MILITARES ISRAELENSES - Os militares israelenses disseram às 10h (horário local) que combatentes palestinos haviam penetrado em pelo menos três instalações militares ao redor da fronteira - o posto de fronteira de Erez, a base de Zikim e o quartel-general da divisão de Gaza em Reim. Ele disse que os combates em Erez e Zikim continuaram.
Os vídeos do Hamas mostraram combatentes correndo em direção a um prédio em chamas perto de um muro alto de concreto com uma torre de vigia e combatentes aparentemente invadindo parte de uma instalação militar israelense e atirando por trás de um muro. Mais tarde, vários veículos militares israelenses capturados foram fotografados sendo levados para Gaza e desfilando por lá.
INVASÕES NA CIDADE FRONTEIRIÇA - Os combatentes invadiram a cidade fronteiriça israelense de Sderot e foram relatados como estando em outra comunidade fronteiriça, Be'eri, e na cidade de Ofakim, 30 quilômetros a leste de Gaza, de acordo com a mídia israelense, citando telefonemas de residentes.
Um vídeo verificado pela Reuters mostrou vários homens armados na traseira de uma caminhonete branca passando por Sderot. Muitos moradores de cidades do sul de Israel fortificaram áreas em suas casas que funcionam como abrigos antibombas e, no sábado, estavam usando-as como salas de pânico.
Os militares israelenses ordenaram que os moradores se abrigassem dentro de casa, dizendo pelo rádio: "Nós entraremos em contato com vocês." No meio da manhã, o chefe de polícia de Israel, Yaacov Shabtai, disse que as forças estavam enfrentando homens armados em 21 locais e, às 13h30, os militares disseram que as tropas ainda estavam trabalhando para limpar as comunidades que haviam sido invadidas por homens armados.
CADÁVERES - Um fotógrafo da Reuters viu corpos nas ruas de Sderot. A mídia israelense informou que pelo menos 100 israelenses foram mortos e 800 ficaram feridos.
Vídeos do Hamas e imagens não verificadas que circulam nas mídias sociais mostraram civis mortos, soldados israelenses e combatentes palestinos. O Ministério das Relações Exteriores de Israel disse que os atiradores do Hamas foram de casa em casa matando civis.
CAPTURA DE PRISIONEIROS - A mídia israelense informou que homens armados fizeram reféns em Ofakim. A Jihad Islâmica disse que estava mantendo vários soldados israelenses em cativeiro e as contas do Hamas nas mídias sociais mostraram imagens que pareciam mostrar prisioneiros sendo levados vivos para Gaza.
Um vídeo mostrou três jovens com coletes, shorts e chinelos sendo conduzidos por uma instalação de segurança com escritos em hebraico na parede. Outros vídeos mostraram mulheres em cativeiro. Outro vídeo exibiu combatentes arrastando pelo menos dois soldados israelenses de um veículo militar.
ATAQUES ISRAELENSES - Às 9h45 (horário local), foram ouvidas explosões no centro de Gaza e na cidade de Gaza e, às 10h, o porta-voz militar de Israel disse que a força aérea estava realizando ataques em Gaza. Os médicos em Gaza disseram que dezenas de pessoas foram mortas nos ataques.
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O ataque ocorreu 50 anos e um dia depois que as forças egípcias e sírias lançaram uma ofensiva durante o feriado judaico do Yom Kippur, em um esforço para recuperarem território que Israel havia tomado durante a Guerra dos Seis Dias travada em 1967. Os ataques do Hamas se desdobraram desta forma:
BARRAGEM DE FOGUETES - Por volta das 6h30 da manhã (1h30 horário de Brasília), o grupo islâmico palestino Hamas disparou uma enorme barragem de foguetes no sul de Israel, com sirenes ouvidas em locais tão distantes quanto Tel Aviv e Beersheba.
O Hamas disse que disparou 5 mil foguetes em uma primeira ofensiva. Os militares de Israel disseram que 2.500 foguetes foram disparados. Fumaça se espalhou sobre áreas residenciais israelenses e pessoas se abrigaram atrás de prédios enquanto sirenes soaram no céu. Pelo menos uma mulher foi morta pelos foguetes.
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