A China parou de renovar credenciais de imprensa para jornalistas estrangeiros que trabalham em organizações de notícia americanas, segundo os veículos. A medida é uma represália a restrições impostas a repórteres chineses que atuam nos Estados Unidos, em sua maioria correspondentes da mídia estatal do gigante asiático. Em maio, o governo Donald Trump limitou a estadia dos profissionais por 90 dias, prazo que só pode ser estendido com autorização do Departamento de Segurança Nacional.


Pelo menos cinco jornalistas de quatro veículos não conseguiram realizar a renovação anual de suas credenciais com o país asiático na semana passada. Eles receberam uma carta que os autoriza a trabalhar e a morar no país por dois meses, até o dia 6 de novembro. A informação é do jornal O Globo. 

Entre os afetados pela medida do governo chinês estão os jornalistas David Culver, da CNN, e Jeremy Page, do Washington Post, o fotojornalista Andrea Verdelli, da Getty, e dois repórteres da Bloomberg. 


O porta-voz da Chancelaria chinesa, Zhao Lijian, acusou os americanos de serem "arrogantes". "Se o governo americano realmente se importa com os jornalistas americanos, ele deveria estender os vistos para todos os jornalistas chineses o mais rápido possível, ao invés de fazer jornalistas dos dois países de reféns", disse.