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Comemorou-se este domingo o Dia Nacional da Catalunha e a mobilização para a habitual manifestação da Diada no centro de Barcelona contrariou as expetativas e foi maior que no ano passado. A organização anunciou 700 mil participantes e a Guarda Urbana contou 150 mil pessoas nesta marcha de menos de dois quilómetros a percorrer pontos emblemáticos como a Capitania Geral ou o monumento a Cristóvão Colombo, escolhidos pela organização da Assembleia Nacional Catalã (ANC) para denunciar o "colonialismo espanhol". No ano passado, a Guarda Urbana contou 108 mil manifestantes e a organização 400 mil.
Este ano, o protesto independentista ficou marcado pela divisão política quanto ao rumo de uma luta que teve o seu ponto alto com a celebração do referendo em 2017, seguindo-se a repressão com a prisão dos líderes políticos que protagonizaram essa consulta proibida pelo Estado espanhol. O atual chefe de governo, Pere Aragonès, bem como os governantes e principais figuras da Esquerda Republicana da Catalunha, já tinham anunciado a sua ausência do evento, acusando-o de ser uma manifestação contra os partidos e as instituições e não contra o Estado espanhol. Na resposta, a presidente da ANC, Dolors Feliu, afirmou que a ausência de Aragonès significava que "não está comprometido com a independência".
Descontente com o Governo, ANC ameaça apresentar "lista cívica" às próximas eleições catalãs
"Precisamos de nos preparar desde já para um novo embate pela independência. E dado que, por enquanto, os autoproclamados partidos pró-independência não se estão a juntar, teremos que encontrar novos caminhos e seguir o exemplo de movimentos de independência não violentos como Gandhi na Índia", afirmava o manifesto da Diada 2022, acusando esses partidos de se "acomodarem às instituições" e de terem deixado de lado o conflito com Madrid apesar de terem obtido 52% dos votos nas eleições de 2021. Por isso, caso a atual maioria não avance no caminho para a independência, a ANC diz que irá apresentar uma "lista cívica" às eleições de 2025 com o único objetivo de "tornar efetiva a República Catalã".
As críticas aos partidos do Governo - ERC e Junts, o antigo partido de Puigdemont que teve os seus atuais governantes na manifestação - foram audíveis e visíveis durante o percurso da marcha, com pancartas onde se lia "52% - Para que raio votámos em vocês?, "independência ou demissão", ou "Sem políticos já seríamos independentes".
Os líderes dos dois partidos, Oriol Junqueras e Laura Borràs, estiveram juntos horas antes numa iniciativa organizada junto ao Arco do Triunfo em Barcelona pelo Òmnium Cultural, considerada a associação mais importante do soberanismo catalão, com 190 mil associados. E as divisões no seio do independentismo foram criticadas por Xavier Antich, o presidente da organização, ao exigir "um novo marco estratégico" para voltar a alargar o movimento e a sublinhar o papel dos partidos e das instituições. "Toda a gente é necessária e toda a gente tem um papel", afirmou Antich, lamentando que no momento atual "não estamos onde queremos, estamos onde eles nos querem: paralisados".
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Comemorou-se este domingo o Dia Nacional da Catalunha e a mobilização para a habitual manifestação da Diada no centro de Barcelona contrariou as expetativas e foi maior que no ano passado. A organização anunciou 700 mil participantes e a Guarda Urbana contou 150 mil pessoas nesta marcha de menos de dois quilómetros a percorrer pontos emblemáticos como a Capitania Geral ou o monumento a Cristóvão Colombo, escolhidos pela organização da Assembleia Nacional Catalã (ANC) para denunciar o "colonialismo espanhol". No ano passado, a Guarda Urbana contou 108 mil manifestantes e a organização 400 mil.
Este ano, o protesto independentista ficou marcado pela divisão política quanto ao rumo de uma luta que teve o seu ponto alto com a celebração do referendo em 2017, seguindo-se a repressão com a prisão dos líderes políticos que protagonizaram essa consulta proibida pelo Estado espanhol. O atual chefe de governo, Pere Aragonès, bem como os governantes e principais figuras da Esquerda Republicana da Catalunha, já tinham anunciado a sua ausência do evento, acusando-o de ser uma manifestação contra os partidos e as instituições e não contra o Estado espanhol. Na resposta, a presidente da ANC, Dolors Feliu, afirmou que a ausência de Aragonès significava que "não está comprometido com a independência".
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"Precisamos de nos preparar desde já para um novo embate pela independência. E dado que, por enquanto, os autoproclamados partidos pró-independência não se estão a juntar, teremos que encontrar novos caminhos e seguir o exemplo de movimentos de independência não violentos como Gandhi na Índia", afirmava o manifesto da Diada 2022, acusando esses partidos de se "acomodarem às instituições" e de terem deixado de lado o conflito com Madrid apesar de terem obtido 52% dos votos nas eleições de 2021. Por isso, caso a atual maioria não avance no caminho para a independência, a ANC diz que irá apresentar uma "lista cívica" às eleições de 2025 com o único objetivo de "tornar efetiva a República Catalã".
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