Sputnik Brasil - Desde que assumiu como presidente da China, Xi Jinping tem pressionado sistematicamente o Exército de Libertação Popular a se preparar para a guerra.

O presidente chinês, Xi Jinping, pediu um maior enfoque na Defesa e nas forças militares do país em um discurso proferido dois dias antes do 94º aniversário do Exército de Libertação Popular (ELP).

"No caminho da construção total de um país socialista moderno e da realização do segundo objetivo centenário, a defesa nacional e o exército devem ser colocados em uma posição mais importante, e a consolidação da defesa nacional e de um exército forte deve ser acelerada […]. Devemos persistir no fortalecimento do planejamento geral da guerra e nos preparar para a luta militar", afirmou Xi na sexta-feira (30), citado pelo jornal South China Morning Post.


As declarações são realizadas em um momento em que Pequim está enfrentando risco elevados de segurança, diz a mídia.

Tensões militares

Nas fronteiras ocidentais da China, a retirada dos EUA do Afeganistão levou ao ressurgimento do Talibã (organização terrorista proibida na Rússia e em vários outros países) e à instabilidade na região.


No leste do país asiático, as tensões estão crescendo à medida que os EUA e seus aliados conduzem mais operações navais em águas que a China afirma ser suas. Na sexta-feira (30), caças do Corpo de Fuzileiros Navais dos EUA foram fotografados no porta-aviões britânico HMS Queen Elizabeth.

No início de julho, Pequim criticou Washington por pousar avião militar em Taiwan e o Japão por divulgar relatório que expressava alarme com o aumento das atividades militares da China próximo de Taipei.

No discurso, Xi não mencionou nenhum país além da China. No entanto, o presidente da potência asiática deu indicações específicas sobre onde os militares precisavam concentrar suas energias e enfatizou a necessidade de desenvolvimento tecnológico.