O Kremlin anunciou que o secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), António Guterres, e mais 24 líderes mundiais são esperados na próxima cúpula dos BRICS, que será realizada na Rússia, entre os dias 22 a 24 de outubro.

O assessor diplomático do Kremlin, Yuri Ushakov, declarou que outros oito países serão representados pelos números dois ou três da hierarquia do Estado. Mas, todos os membros dos BRICS serão representados pelos seus dirigentes. A presidente do Novo Banco de Desenvolvimento, o banco dos BRICS, a brasileira Dilma Rousseff, também estará presente.

De acordo com Moscou, os convites foram encaminhados a 38 países e 32 já confirmaram a participação.

Para Ushakov, a cúpula que acontecerá na cidade de Kazan poderá se tornar o evento diplomático mais importante já organizado na Rússia. À margem da conferência, o presidente russo, Vladimir Putin, ainda deve se encontrar com 20 dirigentes para reuniões bilaterais.

Entre os líderes esperados em Kazan, estão o presidente da China, Xi Jinping, e o presidente bielorrusso, Alexander Lukashenko, aliados próximos Da Rússia, o presidente do Irã, Massoud Pezeshkian e o presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, que solicitou recentemente a adesão do seu país ao bloco dos BRICS.

"Os BRICS estão construindo uma ponte, tijolo a tijolo, rumo a uma ordem mundial mais justa", afirmou Ushakov, acrescentando que o grupo é multipolar e junta o Sul Global e o Leste, para contrabalançar, segundo o Kremlin, a hegemonia ocidental e dos Estados Unidos.

 Em 2009, com apenas quatro membros Brasil, China, Índia e Rússia, foi criado o bloco. A África do Sul entrou no grupo em 2010. Este ano se expandiu para outros países emergentes, incluindo o Egito e o Irã.