As instituições de Espanha em todo o mundo cumpriram hoje um minuto de silêncio no primeiro de dez dias de luto oficial decretado em memória dos 27.117 falecidos até hoje na pandemia de covid-19 no país.

 
O rei Felipe VI, juntamente com a rainha Letizia e as suas filhas, a princesa Leonor e a princesa Sofia, todos vestidos de luto, cumpriram um minuto de silêncio às 12:00 (9:00 em Brasília) diante de uma bandeira nacional a meia haste nos jardins do palácio real da Zarzuela, nos arredores de Madrid.

"Espanha chora os milhares de compatriotas que perdemos durante esta pandemia. Muitos ainda estão enfrentando a doença. A todos eles, assim como às suas famílias, queremos recordar e mostrar o nosso luto e carinho", segundo uma mensagem enviada pelo espanhol.

Ao mesmo tempo, o primeiro-ministro, Pedro Sánchez, também participava numa homenagem silenciosa aos mortos, acompanhado por vários membros do Governo, nos degraus da sede do executivo, no Palácio da Moncloa.

O Congresso dos Deputados (câmara baixa do parlamento) interrompeu a sessão plenária durante um minuto e no Senado (câmara alta), membros e funcionários concentraram-se às portas da instituição.

Numa mensagem lida no início da sessão plenária, a presidente do Congresso dos Deputados, Meritxell Batet, disse que todos os espanhóis se sentiam "órfãos" pelo falecimento de tantos idosos.

Estas homenagens repetiram-se em todas as instituições públicas das comunidades autônomas, províncias e cidades espalhadas pelo país, assim como no exterior.

O luto oficial tem início quando todo o território espanhol já se encontra pelo menos na "fase um" do desconfinamento, depois do país ter decretado o estado de emergência em 14 de março último, que visava travar a expansão da pandemia..

Espanha é um dos países mais atingidos pela pandemia de covid-19 que, segundo um balanço da agência de notícias AFP, já provocou mais de 350 mil mortos e infectou mais de 5,6 milhões de pessoas em 196 países e territórios.

Para combater a pandemia, os governos mandaram para casa 4,5 mil milhões de pessoas (mais de metade da população do planeta), paralisando setores inteiros da economia mundial, num "grande confinamento" que vários países já começaram a aliviar face à diminuição dos novos contágios.