O secretário de Vigilância em Saúde, Wanderson de Oliveira, afirmou na manhã desta quarta-feira, 12, que os brasileiros repatriados no último domingo, 9, estarão livres de qualquer suspeita do coronavírus ao final da quarentena que cumprem na base aérea militar de Anápolis (GO). "Não será necessário monitorá-los (depois do isolamento). Não tenho dúvida que as unidades locais estarão mais atentas, mas é vida que segue normal", afirmou em entrevista à Rádio Eldorado. 

De acordo com o secretário, o período de quarentena é necessário para observar se os brasileiros foram contaminados ou não pelo vírus, com testes que precisam ser refeitos após 7 e 14 dias, segundo o período de incubação do vírus. Ele reforça que todos os 38 passageiros que chegaram neste fim de semana já estavam sob observação em território chinês e foram testados antes de embarcarem.
 
Wanderson explica ainda que a equipe a bordo dos aviões presidenciais usados no resgate dos brasileiros não teve contato nenhum com os passageiros e permaneceu o tempo todo no interior da aeronave, que foi dividida entre três áreas isoladas entre si. "A equipe passa pelo mesmo procedimento que os brasileiros resgatados. Em todo contato, as pessoas estava com proteção." De acordo com o secretário, os brasileiros repatriados poderão inclusive contribuir com pesquisas futuras sobre o coronavírus: "Como estamos desenvolvendo testes sorológicos, seria possível revisarmos esses pacientes e avaliar se eles tiveram contato com o vírus, mas não desenvolveram a doença quando estavam na China" explicou.
 
Na terça, o Ministério da Saúde informou que aumentou de 7 para 8 o número de suspeitas do vírus no Brasil. Para o secretário, a previsão é que os números do surto possam cair em todo o mundo a partir de março, de acordo com informações do governo chinês. "Precisamos de mais de tempo para concluir se [a diminuição de contaminações] significa ou não o fim. Fazendo analogia com o que já conhecemos desse e outros coronavírus, é um cenário positivo", afirma. No momento, ele explica que continuam sendo estudadas formas de reprodução, alcance, durabilidade e sintomas do vírus. "Ainda temos perguntas, mas é tudo muito prematuro."
 
Para mais informações sobre o coronavírus, o ministério da Saúde lançou um site específico para o combate às fake news sobre a doença (https://www.saude.gov.br/fakenews) e disponibiliza também informações através do número 61 99289 4640