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A coordenadora humanitária das Nações Unidas para Gaza, Sigrid Kaag, relatou na reunião a portas fechadas aos membros do Conselho de Segurança da ONU o sentimento de abandono dos palestinos do enclave que vive em condições desumanas na ausência de vontade política para melhorar a entrada de ajuda humanitária na região.
"É um quadro muito, muito sombrio, enquanto os civis em Gaza continuam a sofrer", disse Kaag na coletiva de imprensa após a apresentação do relatório regular ao Conselho de Segurança. numa reunião a portas fechadas.
Nomeada há um ano, a pedido do Conselho de Segurança para coordenar a entrada de ajuda humanitária em Gaza, Kaag destacou que a magnitude dessa ajuda permanece amplamente insuficiente para enfrentar uma situação catastrófica no terreno. A coordenadora ainda lamentou, sobretudo, o grande número de comboios humanitários recusados pelas autoridades israelenses.
“Como eu disse ao Conselho, eu fui para Gaza em diferentes funções ao longo da minha carreira desde a década de 1980, mas nada nos prepara para o que presenciamos, para o que ouvimos. As pessoas se sentem abandonadas por todos nós, e eu disse isso ao Conselho. As pessoas perguntam onde está a comunidade internacional? Os palestinos vivem um desespero extremo", contou a diplomata.
Kaag também reforçou que nenhum sistema pode substituir ou compensar a ausência ou falta de vontade política. “É político, é uma vontade política e uma escolha política", insistiu. Mas, levantou mais uma vez a esperança de um cessar-fogo e na libertação incondicional dos reféns, o que permitiria, obviamente, um novo aumento da assistência.
Iminência de morte por fome e desnutrição
O Ministério da Saúde da Faixa de Gaza informou que dezenas de feridos internados no Hospital Indonésio, na cidade de Beit Lahiya, localizado no norte, correm risco de vida devido à falta de comida e água.
“Pelo menos 60 pessoas em risco de morte por fome e desidratação. A situação humanitária dentro do hospital se tornou extremamente perigosa. Os feridos não vêem respondidas as suas necessidades básicas, o que aumenta o seu sofrimento sob as difíceis condições impostas pelas forças israelenses. Além disso, um número de vítimas continua debaixo dos destroços e nas estradas, e as ambulâncias e equipes de defesa civil não conseguem alcançá-los”, alertaram as autoridades médicas.
Já o porta-voz da Defesa Civil de Gaza, Mahmoud Bassal, avançou hoje que cerca de 22 pessoas, incluindo mulheres e crianças, foram mortas num ataque israelense durante a noite perto do hospital Kamal Adwan, no norte de Gaza. Antes, as autoridades médicas também informaram sobre a morte de pelo menos 26 pessoas em bombardeios israelenses.
“Pelo menos 44.805 mil palestinos foram mortos e 106.257 feridos na ofensiva militar de Israel em Gaza desde o inicio da guerra”, disse o Ministério da Saúde de Gaza num comunicado nesta quarta-feira (11).
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Nomeada há um ano, a pedido do Conselho de Segurança para coordenar a entrada de ajuda humanitária em Gaza, Kaag destacou que a magnitude dessa ajuda permanece amplamente insuficiente para enfrentar uma situação catastrófica no terreno. A coordenadora ainda lamentou, sobretudo, o grande número de comboios humanitários recusados pelas autoridades israelenses.
“Como eu disse ao Conselho, eu fui para Gaza em diferentes funções ao longo da minha carreira desde a década de 1980, mas nada nos prepara para o que presenciamos, para o que ouvimos. As pessoas se sentem abandonadas por todos nós, e eu disse isso ao Conselho. As pessoas perguntam onde está a comunidade internacional? Os palestinos vivem um desespero extremo", contou a diplomata.
Kaag também reforçou que nenhum sistema pode substituir ou compensar a ausência ou falta de vontade política. “É político, é uma vontade política e uma escolha política", insistiu. Mas, levantou mais uma vez a esperança de um cessar-fogo e na libertação incondicional dos reféns, o que permitiria, obviamente, um novo aumento da assistência.
Iminência de morte por fome e desnutrição
O Ministério da Saúde da Faixa de Gaza informou que dezenas de feridos internados no Hospital Indonésio, na cidade de Beit Lahiya, localizado no norte, correm risco de vida devido à falta de comida e água.
“Pelo menos 60 pessoas em risco de morte por fome e desidratação. A situação humanitária dentro do hospital se tornou extremamente perigosa. Os feridos não vêem respondidas as suas necessidades básicas, o que aumenta o seu sofrimento sob as difíceis condições impostas pelas forças israelenses. Além disso, um número de vítimas continua debaixo dos destroços e nas estradas, e as ambulâncias e equipes de defesa civil não conseguem alcançá-los”, alertaram as autoridades médicas.
Já o porta-voz da Defesa Civil de Gaza, Mahmoud Bassal, avançou hoje que cerca de 22 pessoas, incluindo mulheres e crianças, foram mortas num ataque israelense durante a noite perto do hospital Kamal Adwan, no norte de Gaza. Antes, as autoridades médicas também informaram sobre a morte de pelo menos 26 pessoas em bombardeios israelenses.
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