Brasil247 - A Casa Branca endureceu nesta quinta-feira (1) o discurso contra Venezuela, Nicarágua e Cuba, classificando os três países como uma “troica da tirania” que prometeu combater até a queda "de cada lado desse triângulo". John Bolton, o conselheiro da Segurança Nacional do governo Donald Trump, afirmou que o continente não pode viver “à sombra da ameaça do socialismo” e disse que a eleição de Jair Bolsonaro no Brasil e de Iván Duque na Colômbia é um "sinal positivo" para a região.
"A troica da tirania neste hemisfério — Cuba, Venezuela e Nicarágua — finalmente encontrou quem a confronte. Não há lugar melhor para transmitir esta mensagem do que aqui em Miami, na Torre da Liberdade. Miami que é o lar de inúmeros americanos que fugiram das prisões e dos esquadrões da morte do regime de (Fidel) Castro em Cuba, das ditaduras assassinas de (Hugo) Chávez e (Nicolás) Maduro na Venezuela e da terrível violência dos anos 80 e do brutal reinado de (Daniel) Ortega na Nicarágua", disse. Os relatos foram publicados no jornal O Globo.
Segundo Bolton, "os Estados Unidos estão entusiasmados com a parceria com países como México, Colômbia, Brasil, Argentina e muitos outros para promover o Estado de direito e aumentar a segurança e a prosperidade de nossos povos". "As recentes eleições de líderes de pensamento semelhante em países-chave, incluindo Iván Duque na Colômbia, e no último fim de semana Jair Bolsonaro no Brasil, são sinais positivos para o futuro da região e demonstram um crescente compromisso regional com os princípios do livre mercado, e de uma governança aberta, transparentes e responsável", disse.
O conselheiro, considerado um dos republicanos mais linha-dura do governo americano, criticou os governos da região não alinhados aos EUA. "No entanto, hoje, neste hemisfério, somos novamente confrontados com as forças destrutivas da opressão, do socialismo e do totalitarismo. Em Cuba, na Venezuela e na Nicarágua, vemos os perigos de ideologias venenosas sem controle e os perigos da dominação e da supressão. Esta tarde, eu estou aqui para mandar uma mensagem clara do presidente dos Estados Unidos sobre a nossa política em relação a esses três regimes. Sob este governo, não vamos mais apaziguar ditadores e déspotas perto de nossas costas neste hemisfério. Não recompensaremos pelotões de fuzilamento, torturadores e assassinos. Nós defenderemos a independência e a liberdade de nossos vizinhos", disse.