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No entanto, há uma contrapartida: será preciso abrir um negócio local.
"Queremos que as pessoas invistam aqui. Elas podem abrir qualquer tipo de atividade: uma padaria, uma papelaria, um restaurante. É uma forma de soprar vida nas nossas cidades enquanto também aumentamos a população", disse Donato Toma, presidente da região de Molise, ao jornal inglês The Guardian.
O plano atenderá a cidades da região com menos de 2.000 habitantes. Os municípios também receberão dinheiro para melhorar sua infraestrutura e realizar atividades culturais.
Molise tem, ao todo, cerca de 305 mil moradores. Como comparação, tem tanta gente quanto o distrito da Lapa, em São Paulo.
A região perdeu 9.000 moradores desde 2014. Ao norte de Nápoles, Molise tem área de 4.438 km², número que a do Distrito Federal do Brasil (5.802 km²).
O edital com as regras para pleitear o benefício ainda será divulgado. Não foi informado se pessoas de outras nacionalidades, como brasileiros, poderão se candidatar.
A Itália tem atualmente menos de 55 milhões de habitantes, número mais baixo em 90 anos. A população encolhe porque nascem poucos bebês no país e muitos jovens vão para o exterior em busca de salários melhores.
Para atrair moradores, algumas cidades passaram a revender casas abandonadas por valores simbólicos, como 1 euro (R$ 4,47), para quem quiser ir morar nelas. Outras liberaram alguns desses imóveis para abrigar imigrantes vindos da África.
"Nós focamos em muitos molisenses que vivem fora da região e pretendem retornar à sua terra e também em não-molisenses que desejam desfrutar da tranquilidade e da saúde do nosso território", disse Antonio Tedeschi, conselheiro da região, em uma rede social.
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