Nesta segunda-feira (15), a Administração Meteorológica da China emitiu um alerta vermelho devido ao calor extremo, após a temperatura ter ultrapassado os 40 graus em diversos territórios do país. Os especialistas descreveram a onda de calor como a "mais longa e intensa" dos últimos 60 anos. 
 
Até o momento são 11 regiões chinesas atingidas pela elevação das temperaturas. Mas a instituição ainda previu que estas temperaturas acima dos 40 graus irão continuar a ser registradas em várias partes da China, afetando, sobretudo as províncias centrais de Sichuan, Shaanxi, Henan, Hubei, Hunan ou Jiangxi.
 
O comunicado divulgado hoje pela Administração Meteorológica da China marca o 26.º dia consecutivo de alerta para altas temperaturas no país asiático, o que alarmou alguns especialistas: "Esta onda de calor é a mais intensa e mais longa desde que os registros oficiais começaram em 1961. E esse calor extremo pode durar mais uma semana”, revelou Sun Shao, pesquisador da entidade.
 
Também o especialista do Centro Meteorológico Nacional da China, Chen Lijuan, explicou que esses períodos de calor intenso podem tornar-se o "novo normal" no país asiático, sob o efeito das alterações climáticas. "As altas temperaturas começam a ser registradas cada vez mais cedo e terminam cada vez mais tarde. Isto vai tornar-se mais óbvio no futuro", disse Lijuan.
 
Efeitos na energia 
 
Além disso, o calor excessivo acarreta um aumento significativo do consumo de eletricidade, que somente na cidade de Xangai registrou temperaturas recordes nas últimas semanas. Em consequência, atingiu um crescimento no consumo de 38,41% em julho e de 40,2% na primeira semana de agosto.
 
As autoridades das províncias mais comprometidas pelo calor, incluindo em Zhejiang, restringiram o uso da energia em certas indústrias e do ar condicionado em cinemas entre outros espaços públicos.