247 - Em meio a um ambiente internacional marcado por incertezas e tensões comerciais, a economia da China voltou a demonstrar força e dinamismo. Segundo os dados mais recentes divulgados pelo Departamento Nacional de Estatísticas da China, o Produto Interno Bruto (PIB) do país cresceu 5,4% no primeiro trimestre de 2025 em relação ao mesmo período do ano anterior. O crescimento também foi de 1,2% na comparação com o trimestre anterior, superando com folga as projeções dos analistas. O tema foi abordado em editorial do jornal Global Times.

A notícia, repercutida por grandes veículos internacionais, tem sido vista como um “começo promissor” para a segunda maior economia do mundo. A CNN destacou que “a China registrou um crescimento econômico inesperadamente forte”, apontando que o resultado superou a previsão de 5,1% e sinaliza um momento de otimismo. Já a Reuters atribuiu o bom desempenho a “sólido consumo e produção industrial”, enquanto a Newsweek destacou que analistas acreditam que a China “seria capaz de resistir a uma guerra comercial iminente melhor do que Washington suspeita”.

O desempenho da economia chinesa neste início de ano está diretamente ligado à implementação eficaz de um conjunto de políticas macroeconômicas. Medidas como reduções de impostos, emissão de títulos especiais, modernização industrial e programas de incentivo ao consumo doméstico ajudaram a revitalizar o mercado interno. Além disso, a inovação tecnológica desponta como uma das principais alavancas do crescimento. No primeiro trimestre, a produção de veículos de nova energia cresceu 45,4%, enquanto a fabricação de pilhas de recarga aumentou 26,3%.

A aceleração desses setores evidencia o esforço do governo chinês em promover o desenvolvimento de alta qualidade. “Mesmo com um ambiente externo mais complexo e severo, os fundamentos positivos da economia chinesa permanecem inalterados”, afirma o relatório oficial. Com investimentos contínuos em tecnologias emergentes, como inteligência artificial e computação quântica, a China tem fortalecido sua base produtiva e gerado confiança no mercado.

Outro ponto de destaque é o avanço do consumo. As vendas no varejo de bens de consumo cresceram 4,6% no trimestre, superando o desempenho anual de 2024. Fenômenos culturais e econômicos, como a chamada “economia de férias” e o “Guochao” – uma tendência que valoriza produtos com identidade chinesa – têm impulsionado novas formas de consumo. A China também vem promovendo a diversificação do comércio exterior. As exportações para os países da Iniciativa Cinturão e Rota aumentaram 7,2%, o que contribui para reduzir a dependência de mercados tradicionais.

Com um PIB per capita ultrapassando os US$ 13 mil, o país avança para uma nova etapa de modernização, centrada no bem-estar da população. O crescimento da renda disponível per capita entre os moradores das áreas rurais, que chegou a 6,5%, superando o dos residentes urbanos, é prova do êxito da estratégia de revitalização rural. As famílias têm destinado mais recursos para educação, cultura, saúde e entretenimento, apontando para uma sociedade que busca padrões de vida mais elevados.

Esse progresso reflete o compromisso do país com uma filosofia de desenvolvimento centrada nas pessoas. “Focar em fazer bem as suas próprias coisas”, destaca o documento, tornou-se uma diretriz estratégica diante de um mundo cada vez mais instável. Nesse sentido, o sistema de seguridade social continua a ser aprimorado, garantindo maior proteção à população.

A realização de grandes eventos, como a China International Consumer Products Expo e a tradicional Feira de Cantão, reforça o papel da China como polo de atração global. Ambos os eventos reuniram milhares de empresas e visitantes, refletindo a vitalidade e o apelo do mercado chinês.

Mais do que apenas números, os resultados do primeiro trimestre simbolizam a confiança renovada de um país que busca consolidar sua posição em um cenário econômico global em transformação. A trajetória da China revela não apenas uma economia em expansão, mas também um projeto nacional ancorado na estabilidade institucional, na inovação e na inclusão social.

Ao adotar uma estratégia de desenvolvimento que combina modernização tecnológica, valorização da demanda interna e cooperação internacional, a China sinaliza que está preparada para enfrentar os desafios da economia global — e fazer deles uma nova etapa de ascensão. Como conclui o relatório: “O bom começo do primeiro trimestre não é apenas resultado de esforços políticos, mas um reflexo inevitável das vantagens institucionais e da vitalidade do mercado chinês”.