O Ministério das Relações Exteriores emitiu um comunicado, nesta quarta-feira (10), para condenar os bombardeios realizados na madrugada daquele dia pela Força Aérea de Israel a áreas residenciais na Faixa de Gaza, no Estado da Palestina. Os ataques provocaram a morte de ao menos 27 cidadãos palestinos, incluindo dez civis, dentre os quais crianças, até esta quinta-feira (11). 

Um dia depois, na quinta-feira, a pasta emitiu um novo comunicado para condenar um ataque de foguete lançado da Faixa de Gaza, na Palestina, que matou um cidadão israelense.

Enquanto Israel lança seus ataques, grupos armados atacam com foguetes contra o território israelense, onde as sirenes de alerta foram acionadas em várias cidades. Um israelense morreu após ataques palestinos que furaram a barreira do sistema de defesa Domo de Ferro. 

"O Governo brasileiro expressa condolências aos familiares das vítimas e manifesta sua solidariedade ao povo e ao governo do Estado da Palestina. O Brasil lamenta que em 2023, ano do 30º aniversário dos Acordos de Paz de Oslo, já se tenham registrado as mortes de mais de 100 palestinos e mais de 15 israelenses em conflito. Ao reiterar que não há justificativa para o recurso à violência, sobretudo contra civis, o governo brasileiro apela às partes que se abstenham de ações que levem a uma escalada de tensão", diz a primeira nota do Itamaraty. 

"O Brasil reitera seu compromisso com o direito internacional, com o direito internacional humanitário e com a solução de dois Estados, para que Palestina e Israel possam conviver em paz e segurança, dentro de fronteiras mutuamente acordadas e internacionalmente reconhecidas. Reafirma, ainda, que a mera gestão do conflito não constitui alternativa viável para o encaminhamento da questão israelo-palestina, sendo urgente a retomada das negociações de paz", segue. 

"Trata-se de flagrante violação do direito humanitário e internacional. O Brasil exorta todas as partes envolvidas a cessarem imediatamente as hostilidades, incluindo bombardeios", diz a nota emitida nesta quinta-feira. 

"O Governo brasileiro expressa, uma vez mais, seu compromisso com o direito internacional, com o direito internacional humanitário e com a solução de dois Estados, para que Palestina e Israel possam conviver em paz, dentro de fronteiras mutuamente acordadas, seguras e internacionalmente reconhecidas", acrescenta a nota.

A tensão começou na última terça-feira com ataques de Israel contra o movimento Jihad Islâmica, um dos grupos de resistência palestina que atuam no território ocupado, como o Hamas, e considerado terrorista por Israel, União Europeia e Estados Unidos. A Jihad Islâmica é apoiada pelo Irã.

Nos ataques desta quinta-feira, o chefe da força de foguetes da Jihad Islâmica em Gaza, Ali Ghali, morreu.