Neste domingo (20), a Bolívia terá eleições para a escolha de presidente, vice-presidente e para a renovação dos cargos legislativos (senadores e deputados).
 
O atual presidente, Evo Morales, concorre ao quarto mandato consecutivo, com uma candidatura à reeleição questionada pela oposição.
 
Em fevereiro de 2016, Morales perdeu nas urnas um referendo sobre a possibilidade de reeleição. Os bolivianos votaram pelo "não", com 51,3% dos votos. No entanto, uma decisão do Tribunal Constitucional, em 2017, habilitou Morales a seguir concorrendo à reeleição indefinidamente, alegando que é um direito humano o de "eleger e ser eleito".
 
A oposição diz que Morales está desrespeitando o voto e a escolha dos cidadãos no referendo de 2016.

Pesquisas
 
Há dois candidatos fortes e em polos opostos na Bolívia. De um lado está Morales, do partido Movimento ao Socialismo, há 13 anos no poder. De outro lado está o ex-presidente Carlos Mesa, do partido Comunidad Ciudadana. Além deles, participam da disputa Óscar Ortiz, ex-senador, e Chi Hyun Chung, um pastor evangélico coreano-boliviano.
 
Uma pesquisa feita pelo Instituto Ipsos aponta para uma vitória em primeiro turno de Morales, com cerca de 40% dos votos; contra 22% dos votos para Mesa. No caso de a votação ir a segundo turno, Morales receberia, de acordo com a pesquisa, 47% dos votos, contra 39% de Mesa.
 
Outra sondagem, realizada pela Universidad Mayor de San Andrés, prevê um primeiro turno mais apertado entre os candidatos, com 32% para Evo e 27% para Mesa. Neste caso, a votação iria a segundo turno.
 
Óscar Ortiz tem cerca de 10% dos votos e Chi Hyun Chung, 6%. Os indecisos são cerca de 8% dos votantes. A Bolívia nunca teve eleições em segundo turno.
 
A partir de hoje (17), os candidatos não podem mais fazer atos de campanha.