PIQUETE

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, se juntou nesta terça-feira (26) ao piquete dos grevistas da United Auto Workers (UAW), quando a paralisação atinge o décimo segundo dia, numa demonstração de apoio aos sindicatos praticamente sem precedentes na história presidencial. "Vocês merecem o aumento significativo que precisam", disse Biden através de um megafone enquanto usava um boné do sindicato, após chegar a um armazém de distribuição de peças da General Motors, localizado num subúrbio de Detroit, no estado do Michigan.

O líder norte-americano caminhou ao longo do piquete, trocando cumprimentos com os grevistas e os encorajando a continuar a lutar por melhores salários, apesar das preocupações de que uma greve prolongada possa prejudicar a economia, afirmando: "Continuem firmes".

A greve histórica no setor automotivo norte-americano conta com aproximadamente 13 mil trabalhadores de três fábricas da General Motors (GM), Ford e Stellantis devido a falta de consenso sobre um novo acordo coletivo de trabalho. 

É a primeira vez que se registra uma greve desta amplitude nos 88 anos de história do principal sindicato de trabalhadores do setor. A UAW reúne as montadoras das três grandes da cidade de Detroit, como são conhecidas essas empresas da indústria do automóvel nos EUA, que pararam simultaneamente.

Depois de dois meses de negociações e sem chegarem a um acordo entre sindicatos e patronato dos três maiores fabricantes do país, o movimento de protesto exige melhorias significativas nos salários e condições de trabalho.