Sputnik - O presidente norte-americano Joe Biden afirmou nesta segunda-feira (16) que as tropas norte-americanas no Afeganistão não deveriam lutar em uma guerra na qual os próprios afegãos não estão dispostos a lutar.

"As tropas norte-americanas não podem e não deveriam estar lutando em uma guerra, e morrendo em uma guerra, que as forças afegãs não estão dispostas a lutar por si mesmas", disse Biden em discurso na Casa Branca sobre a situação no Afeganistão.

O presidente deixou ainda um aviso ao Talibã (organização terrorista proibida na Rússia e em vários outros países) para que o movimento não interfira na evacuação de milhares de diplomatas norte-americanos e tradutores afegãos do aeroporto de Cabul. A resposta a qualquer ataque seria "rápida e enérgica", disse Biden. "Defenderemos nosso povo com força devastadora, se necessário".

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Biden garantiu que os EUA continuarão a apoiar o povo do Afeganistão por meio da diplomacia e da ajuda humanitária: "Continuaremos a apoiar o povo afegão. Lideraremos com nossa diplomacia, nossa influência internacional e ajuda humanitária".
O presidente norte-americano acrescentou que Washington continuará a defender os direitos das mulheres e meninas do Afeganistão.

Tendo em os acontecimentos mais recentes, Biden afirmou, com um tom meio severo, que continuava apoiando sua decisão de retirar as forças norte-americanas do país, e que o colapso das forças afegãs tinha acontecido mais cedo do que era esperado.


O presidente norte-americano disse não voltar a repetir erros do passado, e que não se arrepende de ter avançado com a retirada das forças de Washington do solo afegão.

"Eu apoio totalmente minha decisão [...] Após estes 20 anos aprendi do jeito mais duro que nunca houve um tempo certo para evacuar as forças dos EUA", comentou Biden, se dirigindo à nação em uma emissão televisiva a partir da Casa Branca.
O presidente democrata disse que preferia enfrentar criticismo sobre o que aconteceu no Afeganistão, em vez de deixar tamanha decisão para o próximo presidente. O chefe de Estado norte-americano acredita que a decisão de deixar o Afeganistão é "a mais correta para os EUA."