MIGRAÇÃO


O barco humanitário "Ocean Viking" resgatou 113 migrantes no mar Mediterrâneo em sua primeira operação desde que atracou no porto de Toulon, no sul da França, em novembro — anunciou nesta terça-feira (27) a ONG francesa SOS Méditerranée, que opera o navio. 


Entre as pessoas resgatadas, estão "23 mulheres, algumas delas grávidas, cerca de 30 menores desacompanhados e três bebês, o mais novo com apenas três semanas de vida", disse a SOS Méditerranée, com sede em Marselha, no sudeste da França.


Os migrantes foram resgatados no início da manhã desta terça em águas internacionais que dependem da zona de busca e resgate maltesa, perto da zona líbia, acrescentou. 


As pessoas estavam em "um barco inflável preto sobrecarregado, na escuridão total", acrescentou a instituição. 


A Cruz Vermelha e o Crescente Vermelho participaram do resgate. 


Por enquanto, o "Ocean Viking" "continua patrulhando" e "ainda é muito cedo" para saber onde poderá desembarcar as pessoas resgatadas, disse à AFP a porta-voz da SOS Méditerranée, Meryl Sotty. 


Em meados de novembro, o "Ocean Viking" atracou em Toulon com 230 migrantes que havia resgatado no Mediterrâneo, após três semanas no mar em busca de um porto para desembarcá-los. 


O governo francês concordou em receber o navio "em caráter excepcional", depois que a Itália se recusou a fazê-lo. O episódio gerou um conflito diplomático entre os dois países.


Os migrantes foram levados para uma zona de espera internacional, enquanto aguardam a tramitação de suas solicitações de asilo. 


Desde o início do ano, 1.998 migrantes desapareceram no Mediterrâneo, segundo a Organização Internacional para as Migrações (OIM). 


Milhares de pessoas que fogem da guerra, ou da pobreza, tentam chegar à Europa todos os anos, cruzando o Mediterrâneo a partir da Líbia.