GUERRA

As Forças de Defesa de Israel (IDF) comunicaram que estão intensificando uma operação na cidade de Rafah e na área oriental da Faixa de Gaza, após informações que indicam a presença de infraestruturas terroristas do Hamas e da Jihad Islâmica, operacionais, armas e salas de investigação e detenção, acrescentando que isto inclui o uso da sede da a Agência das Nações Unidas para os refugiados palestinos, (UNRWA).
 
Segundo o jornal britânico The Guardian, as IDF disseram que apelaram e avisaram aos civis sobre a atividade operacional na zona, e que será aberta uma rota definida para facilitar a evacuação dos civis não envolvidos. “O exército israelense informa que as IDF e os aviões israelenses atuaram para eliminar 30 terroristas que constituíam uma ameaça para as suas tropas na zona de Rafah. Também localizaram outros túneis e confiscaram armas na área”, cita a publicação.
 
Em contrapartida, o comissário-geral da UNRWA, Philippe Lazzarini, criticou o Hamas e Israel por ocuparem e usarem as suas instalações durante o conflito no terreno. "Basta", escreveu na rede social X.  De acordo com o serviço de emergência civil de Gaza há ainda dezenas de mortos nas zonas orientais, mas que as equipes de resgate não conseguem chegar até as vítimas devido às fortes ofensivas em curso nos subúrbios de Tel Al-Hawa, Saba, Daraj, Rimal e Tuffah. 
 
A população do território palestino diz que se trata de um dos ataques mais intensos desde o dia 7 de outubro. Centenas de famílias também precisaram abandonar os bairros de Tuffah, Daraj e da cidade velha da Cidade de Gaza em direção ao mar após o alerta das tropas de Israel que bombardeou hoje várias zonas do norte do enclave palestino.

Enquanto isso está em andamento às negociações para um cessar-fogo e a troca de reféns e prisioneiros palestinos. No entanto, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, defende que qualquer acordo para um cessar-fogo em Gaza deve permitir ataques das forças israelenses até que todos os objetivos da guerra sejam alcançados.
 
“Por outro lado, o acordo não deve permitir o contrabando de armas para o Hamas através da fronteira de Gaza com o Egito, do mesmo modo que não deve deixar que milhares de militantes armados regressem ao norte de Gaza”, apontou Netanyahu.
 
Entretanto, o ministro das Finanças de Israel, Bezalel Smotrich, que integra a coligação do governo, afirmou que um acordo de cessar-fogo e de libertação de reféns em discussão, para colocar um fim à guerra em Gaza, constituiria uma derrota e humilhação para Israel e ele não quer fazer parte disso. “isto não é uma vitória absoluta. Não faremos parte de um acordo de rendição ao Hamas", garantiu. 
 
Por outro lado, o diretor da CIA, William Joseph Burns, tem uma visita agendada para o Cairo e o Catar esta semana para uma nova rodada de conversações sobre um cessar-fogo, e o Egito vai receber também uma delegação israelense.
 
Já o Ministério da Saúde de Gaza informou hoje um último balanço de vítimas na região, com cerca de 38.193 palestinos mortos, sendo 40 mortos nas últimas 24 horas, além de 87.903 feridos desde o inicio do conflito.