ORIENTE MÉDIO

 

De acordo com as autoridades médicas palestinas, na terça-feira à noite e hoje aproximadamente 32 pessoas, incluindo várias mulheres e crianças, morreram e dezenas ficaram feridas em ataques israelenses no sul da Faixa de Gaza. 

O Hospital Europeu de Khan Younis recebeu os corpos das vítimas depois dos intensos ataques aéreos das forças de Israel e das operações terrestres na cidade. O exército israelense ainda não comentou sobre essa ofensiva.

O hospital Al-Awda também informou que quatro habitantes de Gaza morreram e 15 ficaram feridos hoje num bombardeio de Israel a uma escola da Agência da ONU para os Refugiados da Palestina (UNRWA), no campo de refugiados em Nuseirat, no centro de Gaza. A escola primária para meninas, gerida pela UNRWA, tal como outras da região, se transformou num abrigo para pessoas deslocadas, uma vez que 90% dos habitantes de Gaza estão atualmente deslocados.

"Há pouco, sob ordens do serviço de informações do Exército e do Shin Bet, a Força Aérea efetuou um ataque de precisão contra terroristas que operavam no interior de um centro de comando e controle na zona de Nuseirat, no centro da Faixa de Gaza", declarou em um comunicado as Forças de Defesa de Israel (IDF).  

Esta é a quarta escola a ser atacada por Israel nas últimas 24 horas, após as ofensivas contra a escola de Al-Bureij, pela manhã, e às escolas de Muscat e Rimal, que foram alvo do Exército na noite de terça-feira.

As IDF, como habitualmente fazem quando ataca locais protegidos pelo direito humanitário internacional, como escolas ou hospitais, afirmou ter tomado medidas para evitar vítimas civis e acusou o Hamas de operar a partir de infraestruturas civis.

Além disso, as Forças Armadas israelitas atacaram o orfanato Al-Amal, junto à escola de Muscat, matando pelo menos nove pessoas, segundo a agência de notícias Wafa.

Israel intensificou os bombardeios a Gaza, em simultâneo com o ataque maciço do Irã ao seu território na noite passada, quando quase 200 mísseis iranianos fizeram soar os alarmes em todo o país.

A operação de retaliação de Israel desde o ataque do Hamas em 7 de outubro já matou mais de 41 mil palestinos e feriu quase cem mil pessoas, segundo as autoridades de saúde locais. Além de destruir e devastar vastas áreas no enclave e desalojar a maioria dos seus 2,3 milhões de habitantes.