O prédio em Gaza que abrigava escritórios da mídia internacional e foi destruído por um ataque israelense no sábado era "um alvo perfeitamente legítimo", afirmou o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu neste domingo (16).

A Torre Jala, onde operavam a agência norte-americana Associated Press (AP) e a rede árabe Al-Jazeera, também tinha "um escritório de inteligência da organização terrorista palestina (...) que prepara e organiza ataques terroristas contra civis israelenses", explicou ele em declarações à CBS, referindo-se ao Hamas.
“Portanto, é um alvo perfeitamente legítimo”, acrescentou Netanyahu, que garantiu que Israel “compartilha todas essas informações com nossos amigos norte-americanos”.

A editora e vice-presidente da AP, Sally Buzbee, disse à CNN que ela não sabia com quais informações o exército israelense estava lidando e que é necessária uma "investigação independente sobre o que aconteceu".

Segundo Netanyahu, o exército tomou "todas as precauções para garantir que não houvesse vítimas civis". Reafirmando o "direito natural à autodefesa" do Estado hebraico, ele garantiu que fará "o que for necessário para restaurar a ordem e a calma, a segurança de nosso povo e a dissuasão".
 
"Estamos tentando reduzir a capacidade do Hamas e sua disposição de voltar a fazer isso", disse ele. "Vai levar tempo, espero que não muito, mas não é imediato."
Além disso, Netanyahu negou que Israel tenha rejeitado uma trégua proposta pelo Egito e aceita pelo Hamas.

"Francamente, se o Hamas pensou que poderia lançar foguetes e relaxar enquanto gozava de imunidade, estava equivocado", afirmou ele, mais uma vez acusando o movimento islâmico palestino de "se esconder atrás de seus civis usando-os como escudos humanos".