SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) - O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, afirmou que o ataque de Israel ao campo de refugiados de Rafah foi "incidente trágico". Ao menos 45 pessoas morreram.

Premiê afirmou que ataque a Rafah será investigado. Ao Parlamento de Israel, Netanyahu afirmou que o país retirou "um milhão de moradores que não estão envolvidos e, apesar dos seus esforços para não feri-los, um incidente trágico ocorreu ontem [Domingo, 27]. Para nós, é uma tragédia. Para o Hamas, uma estratégia", afirmou.

Netanyahu nega estar atrapalhando negociações por reféns. O primeiro-ministro de Israel disse também que "aprovou todas as sugestões e respondeu todos os pedidos". Segundo o jornal Times Of Israel, um funcionário das Forças de Defesa do Estado afirmou que o governo não estava fazendo tudo o que podia para libertar os reféns.

"Aqueles que dizem que não estão preparados para enfrentar a pressão levantam a bandeira da derrota. Não levantarei tal bandeira, continuarei lutando até que a bandeira da vitória seja hasteada. Não pretendo acabar com a guerra antes de todos os objetivos serem alcançados. Se cedermos, o massacre retornará. Se cedermos, daremos uma enorme vitória ao terror, ao Irã", disse Benjamin Netanyahu, em discurso ao Parlamento de Israel.

Ataque aéreo matou mulheres e crianças no domingo (26). Segundo a Defesa Civil de Gaza, administrada pelo grupo extremista Hamas, o bombardeio deixou ainda 65 feridos. A maioria das vítimas era de mulheres e crianças. Desde o início da guerra, já são 36.050 mortos e 81.026 feridos, segundo o Ministério da Saúde local.

Local havia sido definido por Israel como zona humanitária. A informação é do Crescente Vermelho Palestino, uma organização humanitária que faz parte do movimento internacional da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho. Cerca de 100 mil pessoas estão abrigadas no acampamento, segundo a Defesa Civil.

Alvo era um acampamento do Hamas em Rafah, diz Israel. O governo alega que os alvos eram legítimos e que o ataque respeitou o direito internacional. Em nota, o Exército de Israel disse "estar ciente de relatórios" que indicam que, como resultado do ataque e do incêndio causado por ele, vários civis da região ficaram feridos. "O incidente está sob análise", completou.

An IDF aircraft struck a Hamas compound in Rafah in which significant Hamas terrorists were operating a short while ago.

Ministério classificou o ataque como um "massacre hediondo". Pasta também acusou o governo israelense de mentir ao dizer que existem áreas seguras na Faixa de Gaza.

Governo fala em genocídio e condena bombardeio de Israel. Em nota, o ministério disse que o ataque a Rafah deixou "dezenas de mortos" cujos corpos foram "despedaçados" em meio ao bombardeio e aos incêndios causados por ele.

"O Ministério considera este crime como uma nova prova que confirma que a guerra declarada de Israel é contra os civis", completou.

Não há áreas seguras em Gaza, segundo o governo palestino. O Ministério das Relações Exteriores ainda fez um apelo aos países que apoiam Israel a "colocarem a mão na consciência", pararem de "obstruir o movimento internacional para acabar com a guerra genocida contra o nosso povo" e apoiarem a criação de um Estado palestino.