A eleição de Donald Trump para um segundo mandato à frente da Presidência dos Estados Unidos deverá refletir em um fortalecimento do republicano nas instâncias judiciais, onde ele se defende de dois processos criminais, litiga um terceiro e aguarda a sentença de um quarto caso, destaca a Folha de S. Paulo. Trump, que já prometeu demitir "em dois segundos" o procurador Jack Smith, responsável pelas acusações nos processos federais, se prepara para uma batalha judicial intensa.

Um dos processos mais significativos contra Trump envolve acusações de que ele tentou reverter sua derrota nas eleições de 2020. Esse caso foi paralisado após uma decisão da Suprema Corte, que reconheceu uma imunidade parcial para presidentes, impactando também o processo referente à invasão do Capitólio, ocorrida em 6 de janeiro de 2021, quando seus apoiadores tomaram o prédio do Congresso.

Outro litígio em andamento se refere à suposta posse ilegal de documentos sigilosos. Embora a juíza que supervisiona o caso, indicada por Trump, tenha arquivado a ação, a Procuradoria já apresentou um recurso. Ainda de acordo com a reportagem, a possibilidade de que ambos os processos sejam abandonados é respaldada pela prática do Departamento de Justiça, que geralmente não atua em casos que envolvem presidentes. Além disso, Trump ainda poderia, em última instância, conceder um indulto a si mesmo.

No que tange à tentativa de interferência nas eleições na Geórgia, os advogados de Trump argumentam que ações contra um presidente devem tramitar na Justiça federal, e não na estadual, o que poderia levar à suspensão do processo.

Por fim, destaca-se o caso em Nova York envolvendo Stormy Daniels, uma atriz pornô com quem Trump supostamente teve um relacionamento. Ele já foi condenado em maio deste ano pela compra de silêncio para evitar que detalhes sobre essa relação viessem à tona durante a campanha de 2016. A sentença está prevista para ser anunciada em 26 de novembro. No entanto, mesmo antes das eleições, a expectativa era de que a punição não fosse severa e seus advogados já planejam recorrer com base na decisão da Suprema Corte sobre a imunidade presidencial.

 

 

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