Hua Chunying, porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, disse em uma entrevista coletiva que Pequim é contrária a uma intervenção militar no país sul-americano e defende que a situação seja resolvida pacificamente, por meio de negociações e de acordo com a Constituição.
"A China espera que todas as partes na Venezuela resolvam suas diferenças políticas por meio do diálogo e da consulta, evitem conflitos violentos e restaurem a ordem normal de acordo com os interesses fundamentais do país e do povo", disse ela.
Ao mesmo tempo, Hua rejeitou a interferência externa nos assuntos venezuelanos e desejou que a comunidade internacional crie condições favoráveis para evitar essa prática.
Ela considerou que os Estados Unidos e a Venezuela são países importantes no Hemisfério Ocidental e que suas relações devem ser governadas com base no tratamento igual e no respeito mútuo.
A porta-voz do Ministério das Relações Exteriores acrescentou que as sanções e a interferência em assuntos internos são mecanismos que apenas "tendem a complicar a situação e não contribuem para a resolução de problemas práticos".
Com suas declarações, a China se junta a outros governos que apoiam a Venezuela após a tentativa de golpe promovida pelos Estados Unidos, reconhecendo a autoproclamação inconstitucional de Juan Guaidó como presidente interino.
Maduro anunciou a ruptura de relações diplomáticas com o país norte-americano como resultado desse fato.