Sputnik - A administração de Joe Biden aprovou na quinta-feira (14) a exportação de gás natural liquefeito (GNL) do Alasca, escreve a emissora norte-americana Fox News.

Os apoiadores do projeto do Alaska Gasline Development Corp. (AGDC) de aproximadamente US$ 39 bilhões (R$ 191,76 bilhões), aprovado pelo Departamento de Energia dos EUA, esperam que ele esteja pronto para funcionar até 2030 se receber todas as autorizações necessárias. O GNL seria exportado principalmente para países asiáticos com os quais o país norte-americano não tem acordo de livre comércio.

O local de produção inclui uma usina de liquefação na península Kenai no sul do Alasca e um gasoduto proposto de 1.300 km para transportar gás do norte do Alasca através do estado.

De acordo com Frank Richards, presidente da AGDC do Alasca, o projeto "fornecerá aos alasquianos e aliados americanos uma fonte significativa de energia de baixa emissão, produzida de forma responsável e consistente com os padrões internacionais".

Grupos ambientais denunciaram o projeto como sendo uma "bomba de carbono, cujas exportações foram aprovadas pela primeira vez pela administração de Donald Trump [2017-2021]. A atual administração fez uma revisão ambiental do GNL do Alasca, concluindo que este tinha benefícios econômicos e de segurança internacional, e que os oponentes não conseguiram provar que as exportações não eram do interesse público".

Para isso, a administração Biden modificou uma licença anterior, que proibia as emissões de gases de efeito estufa associadas com o projeto.

"A presidência climática de Joe Biden está se despenhando", disse Lukas Ross, que trabalha com o grupo ambientalista Friends of the Earth (Amigos da Terra, em inglês). Ross disse que esta é a segunda aprovação americana de um "megaprojeto de combustível fóssil" em meses.

Em março a administração Biden aprovou o projeto de exploração de petróleo e gás Willow no norte do Alasca, no valor de US$ 7 bilhões (R$ 34,42 bilhões), o que também irritou os ambientalistas. A Earthjustice (Justiça da Terra, em inglês), um escritório de advocacia ambiental, advertiu que a decisão abriu o caminho para novas ações judiciais com o objetivo de parar o projeto.