SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - A rede Al Jazeera disse neste sábado (21) –já manhã de domingo (22), no horário local– que soldados de Israel invadiram a sucursal do veículo em Ramallah, na Cisjordânia, com uma ordem de fechamento.

O canal, com sede no Qatar, exibiu imagens ao vivo antes que a transmissão fosse interrompida. Segundo a rede de TV, homens das Forças Armadas israelenses disseram ao chefe de reportagem Walid al-Omari que o escritório deve ficar fechado por 45 dias.

Segundo Omari, um dos soldados mencionou uma ordem judicial para o fechamento. A equipe foi informada de que tinha cerca de 15 minutos para sair do escritório e deixar os equipamentos.

O Sindicato dos Jornalistas Palestinos condenou a ação israelense em um comunicado. "Essa decisão militar arbitrária é considerada uma nova violação contra o trabalho jornalístico e midiático, que tem exposto os crimes da ocupação contra o povo palestino."

Em abril, o Parlamento israelense deu aval a um projeto de lei que vetava a transmissão em Israel de meios de comunicação estrangeiros que ameaçassem a segurança do Estado.

Com base nessa legislação, o governo israelense aprovou, em 5 de maio, a decisão de proibir a veiculação do canal do Qatar por um período renovável de 45 dias.


Na ocasião, a polícia israelense invadiu um quarto de hotel em Jerusalém usado pela Al Jazeera como seu escritório, de acordo com informações fornecidas por um funcionário do canal.

Em julho, um tribunal israelense aprovou uma determinação do governo e prorrogou por mais 35 dias a proibição do canal de notícias Al Jazeera, do Qatar, sob suspeita de apoiar o grupo terrorista Hamas.