SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Cleo, 38, cresceu diante dos holofotes e se inspirou nos pais Glória Pires, 57, e Fábio Jr, 67, e, também, no padrasto Orlando Morais, 59, para seguir carreira artística, o que considera sua grande paixão.
 
"Existe muito privilégio em poder realizar isso, eu tenho a consciência de que não é todo mundo que consegue. Por isso, sou muito grata por poder viver da arte, por poder tirar os meus sonhos do papel e realizá-los", disse a atriz, que em 2017, se abriu para a carreira musical ao lançar o EP "Jungle Kid".

Em entrevista ao portal GShow, na qual abordou diversos aspectos de sua vida, como o papel das mulher na sociedade, sensualidade, família e maternidade, a atriz mostrou o lado que muitos dos seus fãs admiram: a mulher que não tem medo de se posicionar e dizer o que pensa sobre diversos assuntos, começando pela proximidade dos 40 anos, que ela completará em outubro de 2022.

"Eu acho muito sexy. Ainda tenho dois anos pela frente, mas espero gostar ainda mais da minha versão aos 40. O objetivo é buscar ser melhor sempre", disse ela, destacando que é preciso ter coragem para ser mulher. "Lembro muito da minha mãe, das minhas avós e de outras mulheres importantes que passaram na minha vida e o quanto cada uma teve a sua história de luta, muitas vezes por serem simplesmente mulheres. Lembro também de coisas que eu vivi, e só vivi por causa do meu gênero. É preciso ter coragem para enfrentar tudo isso", pontuou.

Cleo contou que deseja muito ser mãe, mas que não deixará que essa vontade a oprima. "Acho que tudo acontece no tempo certo". Para a atriz, família é um grupo de pessoas que você escolhe amar acima de tudo. "Acolher, ajudar a crescer, sentir que tem apoio e acolhimento delas também." A artista foi muito sincera, ao falar sobre amor-próprio.

"Acaba sendo uma forma de luta pessoal também. É algo que tem o seu processo e a gente precisa entender tanto os momentos bons quanto os ruins, porque não é algo completamente estável. Acolher as nossas vulnerabilidades é importante". Já a liberdade sexual, ela encara como uma busca constante de cada um, de saber e entender do que gosta e faz bem.

"A mulher é muito reprimida nesse lugar de se descobrir fisicamente. Quebrar as amarras que oprimem a gente é fundamental. Essa liberdade tem que ser sempre respeitando o limite e o espaço do outro. Tem a ver com seu poder de escolha. Se você escolher ter uma vida sexualmente ativa, vai ter. Se escolher não ter também, tudo bem. É ser livre para fazer sua escolha, independente de qual seja", concluiu Cleo.