SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - A apresentadora Luciana Gimenez, 52, teve sua queixa-crime contra o senador Jorge Kajuru (Cidadania-GO) por injúria e difamação arquivada pelo STF (Supremo Tribunal Federal). Isso aconteceu após seus advogados não conseguirem imputar com clareza nos autos o fato criminoso pelo qual Kajuru é acusado.
 
As informações são do próprio STF disponibilizadas ao jornal Folha de S.Paulo. Segundo o processo, Luciana se sentiu ofendida após Kajuru dar uma entrevista ao canal Na Lata de Antonia Fontenele em março. No papo, o senador se referiu a Gimenez como "mulher de programa", "mulher desqualificada" e "mulher de interesse".

Kajuru recorreu ao STF e agora conseguiu esse desfecho positivo. Por conta de formalidades, é preciso identificar o fato criminoso nos autos, mas isso não foi feito. Procurada, Luciana Gimenez por meio de sua assessoria de imprensa disse que não comentará o caso.

Na ação, os advogados da apresentadora da RedeTV! lembram que a entrevista de Kajuru para Fontenelle teve "mais de 814 mil visualizações, o que demonstra o potencial ofensivo das ofensas que o réu lhe assestou."

Em abril, o Tribunal de Justiça do Rio determinou que a ação judicial movida pela apresentadora contra o senador não era de competência da 52ª Vara Cível. Com isso, a ação que pede a execução de título extrajudicial de ação por danos morais seria distribuída no juízo correto, a 18ª Vara Cível do Rio.

No processo, Gimenez visava receber R$ 98,5 mil por um crédito judicial, de uma sentença levada a protesto em outra ação, que ela havia ganhado contra Kajuru. A Justiça de São Paulo determinou então que o senador não citasse mais o nome de Luciana com multa diária de R$ 20 mil caso descumprisse. O juiz Valentino Aparecido de Andrade, da 1ª Vara Cível de São Paulo, determinou a sentença.

A apresentadora já havia movido uma ação contra o senador, em 2004, que, segundo o advogado Lucas Clemente Guimarães de Diaz, já foi vencida e atualmente se encontrava em fase de cumprimento de sentença no Rio de Janeiro. O motivo deste processo foi por ele ter feito comentários sobre o comportamento profissional dela no programa Boa Noite, Brasil (RedeTV!).