SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - A cantora Gabily, 26, disse que se sentiu constrangida após ser parada por policiais em uma blitz no Rio de Janeiro. De acordo com ela, um policial teria sido preconceituoso por causa do ritmo que ela canta: o funk. Procurada, a Polícia Civil do Rio de Janeiro ainda não tinha respondido.
 
"Ele perguntou: 'o carro está no seu nome?'. E perguntou: 'o que você faz? É DJ?'. Eu disse 'não, sou cantora'. Ele [emendou], 'de funk?', e eu [respondi] 'é'. Ele disse: 'Esse pessoal do funk é f*da. Vou passar um scanner no seu carro, porque ele é campeão de clonagem'", contou ela, dona de uma Evoque no valor de mais de R$ 150 mil.

"Como se uma mulher não pudesse ter um carro desse porte. Falando do funk, como se ser funkeiro fosse algo ruim ou de gente criminosa. Me senti sem reação, juro. O cara me abordou antes da Lei Seca e nem fez teste de bafômetro", disse.

Em junho, Gabily divulgou o projeto "Mix Tape da Bad Girl", que já tocava na questão do preconceito que as mulheres do funk sofriam. Em entrevista ao F5, comentou sobre a busca pela igualdade. "O homem objetifica a mulher nas músicas, e quando é uma mulher falando, é escandalizante. Sempre foi uma balança muito desigual, lutamos porque merecemos igualdade", disse na ocasião.