Madonna, 60, revelou em uma entrevista ao jornal americano The New York Times, publicada nesta quarta-feira (5), que também sofreu assédio do produtor Harvy Weinstein, com quem trabalhou na distribuição de seu documentário "Truth or Dare" nos anos 1990.

Há décadas, Weinstein é acusado de má conduta sexual, chegando a ser expulso da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas em 2017. Ele nega as acusações. Prestes a lançar seu mais novo trabalho, o disco "Madame X", Madonna disse que Weinstein "ultrapassou todo tipo de linhas e barreiras, flertou comigo e fez propostas sexuais", mesmo sendo casado e a cantora estando "claramente não interessada nos avanços dele".
 
"Sabia que Harvey fazia o mesmo com outras mulheres na indústria. Todo mundo dizia 'Harvey pode fazer isso porque ele tem poder e sucesso, os filmes dele vão bem e todos querem trabalhar com ele'", revelou a cantora.

Quando soube das denúncias feitas contra ele, a cantora disse que não comemorou, porque significa que algo ruim acontecia com as vítimas, mas que que achou "bom que alguém que estava abusando de seu poder por tantos anos finalmente foi denunciado e teve que responder por isso".

Na entrevista, Madonna também negou novamente de que Donald Trump, atual presidente dos Estados Unidos, a teria convidado para um encontro nos anos 1990. O boato foi espalhado pelo próprio Trump. "Filmamos um comercial da Versace em uma casa dele. Ele ligava o tempo todo e dizia 'Está tudo bem? Tudo confortável? Você está feliz?'. Trump e Weinstein tentavam compensar a insegurança que sentiam. Um homem que se sente seguro, alguém que se sente seguro de si, não sai por aí fazendo bullying com as pessoas".

Madonna ainda falou na entrevista sobre arte - revelando detalhes sobre sua coleção, com obras de Frida Khalo, Salvador Dalí - e disse que não consegue lutar contra o envelhecimento. "Uma imagem da sua bunda vai te trazer mais seguidores, mas também vai te dar mais críticos. Você fica nesse impasse".