Logo vem à mente um prato que está sempre - ou pelo menos deveria - nas nossas refeições. Quando as temperaturas passam da casa dos 30 graus, é hora de dar a devida atenção às saladas. "E sem essa de saladinha simples, feita com alface, tomate, cenoura e só", diz Renata Jacques, proprietária da Horta Mix Saladeria. A casa trabalha com mais de 35 opções de folhas, proteínas, molhos e temperos. O resultado são pratos coloridos e balanceados. Dentro do bufê da saladeria, que cobra 45,90 reais por quilo, é possível substituir o arroz e o feijão por grão de bico, quinoa, lentilhas e outros grãos. As folhas e legumes chegam todos os dias, bem de manhãzinha. Para terminar o prato é só escolher entre tilápia grelhada, frango, queijo ou omelete.
O mar pode não chegar em Minas, mas as comidinhas de praia marcam presença na capital mineira. Sucesso entre os surfistas havaianos, o poke é um prato feito com peixe fresco cortado em cubos, geralmente servido cru, misturado com frutas e molhos. "Não pense que é um lanche. É uma boa refeição", diz Juliana Braga, proprietária do Aloha Poke. "Ele alimenta bem a pessoa usando apenas estes ingredientes leves, evitando aquela lombeira após o almoço." Com três unidades espalhadas por BH, a rede de pokerias criou algumas alterações na receita havaiana, colocando arroz japonês, chips de mandioca, ervilha crocante com wasabi, tilápia e outras inovações no cardápio. O cliente pode montar o seu próprio poke ou escolher entre uma das receitas já prontas, com preços que variam entre 25 e 35 reais. Tudo isso pronto em menos de 5 minutos. "É um fast-food saudável, para comer sem preocupações." Quem não é muito fã do peixe servido cru pode pedir aos atendentes para passar os cubos no limão ou maçaricar a carne.
Trazido diretamente da região do Mediterrâneo, o kebab é outra opção para quem procura uma refeição leve. A proteína que recheia o sanduíche é uma mistura de diferentes tipos de carnes, que fica cozinhando por horas e horas em um espeto giratório. "Fiquei apaixonado pelo kebab quando fui trabalhar na Espanha, em 2016", conta o chef Bernardo Garcia. A saudade do prato despertou a vontade no cozinheiro de recriar a receita em solo mineiro. Após meses de pesquisa, nascia o Bení Kebab. O nome é uma homenagem a um bairro de Valência, o Benimaclet, onde o chef passava seus finais de semana. Os sanduíches do Bení são feitos com vários ingredientes produzidos na casa, como o ketchup, pimenta, picles de cebola e o molho de iogurte. Já os legumes e hortaliças vêm da horta de um sítio em Carandaí. "O principal é o frescor. Essa era a principal sensação que eu queria trazer para as pessoas." E assim como muitas das alegrias da vida, a experiência fica ainda melhor se você for acompanhado. As porções são bem fartas, sendo que um sanduíche (28 reais) e uma porção de batatas (6 reais) serve bem duas pessoas. Você também pode optar pelo refil de chá gelado (9 reais), aproveitando a sua refeição sem pressa de acabar.
Claro que a estação mais quente do ano também chega com a desculpa ideal para sair e tomar uma com os amigos. Mas o happy hour pode ir muito além das cervejas pilsen de sempre. Que venham então as jarras de clericot e sangria do Cabernet Butiquim. Fundado em 2015, o bar mostra aos clientes que um bom vinho pode ser apreciado em qualquer momento, sem muitas complicações. "A ideia sempre foi mostrar que é possível fazer um bar de vinhos com a mesma informalidade daquele seu botequim preferido, no qual você vai para tomar uma cerveja e comer um petisco", diz Pablo Teixeira, fundador do Cabernet. Com pedaços de abacaxi, laranja, limão siciliano, maçã e morango, as jarras são cobertas com uma mistura de soda, brandy, gelo e vinho branco ou tinto. As frutas usadas são entregues na casa todos os dias durante a manhã. Os clientes podem apreciar a bebida, vendida em jarras de um litro por 79 reais, tanto nas mesinhas na calçada quanto no interior do botequim, a salvo do calor graças ao ar-condicionado.
E para terminar, um sorvete. Ou melhor, um gelato! "A principal diferença entre os dois é que o segundo é feito diariamente, com ingredientes frescos e sem nada artificial", diz Cristiane Temporão, proprietária da Lullo Gelato. Conservantes, acidulantes, emulsificantes e outros tipos de "ante" não tem vez dentro da gelateria. Sabores consagrados, como chocolate belga e pistache, dividem o espaço nas prateleiras com as misturas regionais: jabuticaba, graviola, maracujá, tangerina e mate com limão. Para o verão, a casa preparou sua versão do coquetel que leva a Itália em seu nome. A soda italiana Lullo (R$ 12,90) é feita com gelato de frutas, água com gás e só. Servida em copo alto, sem a enorme quantidade de gelo que geralmente é adicionada, o resultado é uma bebida extremamente refrescante e com o gosto marcante do sabor escolhido. Afinal, juntar ingredientes e criar novas misturas está no DNA da gelateria. A Lullo tem as suas raízes em Minas, influências trazidas da Itália e donos curitibanos. "Eu e meu marido mudamos para BH há 9 anos. Somos apaixonados por esse jeito mineiro de receber todo mundo e quisemos levar isso para a gelateria."