Goleiro deve atingir marca em 20 de março, superando Marques na lista


São sete temporadas no gol do Atlético, com defesas espetaculares e participação decisiva no maior título da história do clube, a Copa Libertadores de 2013. Apesar do rico legado, o desejo é por novos números de expressão e conquistas. Prestes a completar 36 anos (faz aniversário na segunda-feira que vem), o goleiro Victor vai estabelecer marcas importantes, deixando outros ídolos alvinegros para trás em 2019. Com 385 jogos pelo Galo, o paulista de Santo Anastácio se tornará o 10º jogador que mais entrou em campo pelo alvinegro em toda a história.
Ao atingir a lista dos 10 primeiros, Victor deixará para trás o ex-atacante Marques (que também tem 385 partidas), atual diretor de futebol do clube, e Paulo Isidoro, que defendeu o Galo em 399. Caso seja utilizado em todos os jogos e a equipe passar da primeira eliminatória na Libertadores, diante do Danúbio, o goleiro chegará às 400 partidas no duelo com o Tupynambás, em 20 de março, que fecha a primeira fase do Campeonato Mineiro.

Entre os goleiros, Victor já tem legado maior do que outras lendas, como Mazurkiewicz (89), Ortiz (100), Mussula (168), Taffarel (191) e Kafunga (335). O único que está à frente dele é João Leite, justamente o líder da lista, com 684 partidas em quase duas décadas atuando pelo alvinegro. “Acho importante para a carreira de um atleta ter números expressivos em uma grande equipe. Mas mais satisfatório ainda, mais do que números ou minutos, é conquistar títulos. Somente os vencedores marcam a história de um clube. Quero buscar novas conquistas, que aliadas às marcas em jogos vai enriquecer o meu legado no Atlético”, afirma Victor.

Contra o Boa, domingo, às 17h, no Independência, ele inicia a disputa do seu sétimo Estadual pelo Atlético – conquistou os títulos de 2013, 2015 e 2017. Voltar a dar a volta olímpica é o principal objetivo do camisa 1, que elogia a base do grupo que estreia na temporada no fim de semana. “É importante a manutenção dos titulares para dar continuidade ao trabalho, saber como a equipe joga. É evidente que vêm chegando algumas peças, mas são contratações pontuais. Não é aquele monte de jogadores que às vezes chega e acaba levando um certo tempo de adaptação”.

AJUDA AOS DEMAIS O experiente goleiro quase não tem dado espaço aos demais jogadores da posição no Galo. No ano passado, esteve em campo 63 vezes e ficou fora apenas da vitória sobre o Tombense por 1 a 0, no Horto, pela última rodada da fase inicial do Mineiro – Cleiton, de 21 anos, reserva imediato, foi o escolhido. Em 2015, Victor atuou em todos os 60 jogos da equipe.

Também treinam dia a dia na Cidade do Galo Michael, de 23, e Fernando, de 21. Victor elogia a nova safra alvinegra: “Eles são muito bem treinados, não posso dar brecha. O fato de eu ser o mais velho não quer dizer que não possa aprender com eles. Procuro observar, conversar e eles são muito abertos a isso, a uma pequena correção, de um vício de movimento no aspecto técnico. A maturidade você adquire jogando, com o trabalho diário. É uma troca, em que todos crescem juntos”.