Após ser eliminado da Sul-Americana e da Copa do Brasil, o Atlético foca suas atenções no Campeonato Brasileiro. O objetivo de diretoria, comissão técnica e jogadores é voltar a faturar a competição mais importante do país. No entanto, algumas perguntas ficam na cabeça do torcedor sobre a real possibilidade de o atual elenco alcançar tal feito. Mas há vários motivos para os atleticanos acreditarem na conquista do caneco e também para a Massa desacreditar (veja o tópico ao fim da matéria).
Nas últimas temporadas, o alvinegro esteve perto de vencer o Brasileirão e encerrar o longo jejum, que já dura 47 anos. Nos anos de 2012 e 2015, o clube esteve perto, mas acabou com o vice. Nas duas ocasiões, o alvinegro teria uma sorte melhor se obtivesse melhores resultados como visitante. No ano passado, quando conquistou pontos importantes longe de seus domínios, o Galo derrapou em casa e perdeu muitos pontos.
No início da atual edição, os atleticanos têm mostrado equilíbrio. Além de 100% de aproveitamento no Independência, o Atlético venceu o Atlético-PR e empatou com o São Paulo, ambos na casa dos rivais. Para manter a regularidade, o zagueiro Bremer afirma que não vai faltar raça.
“Infelizmente, a gente foi eliminado da Copa do Brasil e da Sul-Americana, e sobrou só o Brasileiro. Temos que dar o nosso máximo. A torcida pode esperar raça, vontade, pois isso não vai faltar nunca”, ressalta.
O meia-atacante Luan afirma que o pensamento tem que ser no título e que o Galo tem condições para isso. “Nós pensamos em ser campeões. Não adianta chegar a um clube grande e jogar por jogar. Temos jogadores, grupo e capacidade de buscar o caneco”, disse. “Temos conhecimento da nossa força e onde podemos chegar. É procurar ficar no bolo até o segundo turno e, no fim, dar uma arrancada e ser campeão”, completou.
MOTIVOS PARA ACREDITAR
- Disputando apenas o Campeonato Brasileiro até o fim da temporada, o time entrará em campo bem mais descansado
- Os principais rivais na luta pelo título estão com as atenções divididas com outras competições, como Libertadores, Copa do Brasil e Copa Sul-Americana
- Diferentemente de anos anteriores, quando sofreu com um número elevado de contusões, neste ano, a quantidade de jogadores que ficam fora da equipe por lesão tem sido baixa
- O time vem correspondendo em casa, algo que o atrapalhou nos últimos anos. A postura fora de casa também tem sido mais animadora
- A diretoria ainda promete reforços. Se trabalhar bem, pode encontrar peças que façam a diferença em momentos de instabilidade que podem surgir
- Mesmo com as eliminações, Thiago Larghi tem bom conhecimento tático e tem encontrado um padrão de jogo para a equipe
- Quando a sintonia torcida e time está bem afinada, é difícil segurar o embalo. Carente desse título, os atleticanos fazem o que for possível para colocar a mão na taça no fim do ano
MOTIVOS PARA NÃO ACREDITAR
- O Atlético pode até ter um time bom, mas não tem um elenco grande e qualificado o suficiente para suportar todo o campeonato
- São 47 anos de jejum no Brasileiro. Seria muito acreditar que o título viria justamente em um ano de pouco investimento financeiro.
- A competição é muito longa. Tem a parada para a Copa e a possibilidade de times com mais bagagem como Palmeiras, Flamengo, Corinthians e Cruzeiro se recuperarem
- Campanhas recentes do Atlético no Brasileirão mostram que o time perde fôlego na segunda metade da competição
- A janela de transferência internacional pode enfraquecer o grupo. Nomes como Cazares, Otero, Bremer e Gabriel interessam a outros clubes. Se Galo admite negociá-los caso a proposta seja boa
- A corda arrebenta sempre do lado mais fraco. Ainda tratado como interino, Thiago Larghi vive o tempo todo sob pressão e à sombra de um treinador mais experiente
- A Libertadores (2013) e a Copa do Brasil (2014) derrubaram um pouco a sina de azarado do Galo, mas o Brasileirão segue sendo um carma