Galo pode ficar sem os dois titulares que atuam por esta faixa do campo: o lateral-esquerdo Fábio Santos e o atacante Chará


A força pelo lado esquerdo se tornou um dos fatores preponderantes para que o Atlético se mantivesse no bloco de cima do Campeonato Brasileiro desde as primeiras rodadas. Dos 37 gols da equipe na competição, 13 saíram a partir deste setor, em jogadas trabalhadas, de contra-ataque ou mesmo explorando erros dos adversários. Mas diante do líder, São Paulo, nesta quarta-feira, às 21h45, no Independência, o Galo pode ficar sem os dois titulares que atuam por esta faixa do campo: o lateral-esquerdo Fábio Santos e o atacante Chará.

O camisa 6 sofreu pancada no joelho direito no empate com o Corinthians por 1 a 1 e passou por exames de imagem ontem – a ressonância não apontou lesão. Desde a noite de sábado o jogador está em tratamento intensivo para tentar se recuperar e encarar os são-paulinos. Se não jogar, entra o prata da casa Hulk, titular em dois jogos neste Brasileiro. Já o colombiano Chará é desfalque certo, pois viajou para defender a Seleção Colombiana em amistosos nos Estados Unidos.

A tendência de o Atlético atacar mais pelo lado esquerdo já vem desde o período anterior à Copa do Mundo, quando a equipe ainda contava com Róger Guedes, hoje no Shadong Luneng (CHI). Então artilheiro do torneio, com nove gols, o atacante de 22 anos marcou cinco vezes exatamente em investidas por esse setor. Com o ex-palmeirense negociado, o clube investiu R$ 27 milhões (valor recorde na história alvinegra) para contratar Chará, do Junior de Barranquilla, com a expectativa de o gringo repetir o bom desempenho do antecessor. Curiosamente, o único gol do novo reforço, na derrota por 3 a 2 para o Palmeiras, foi pelo lado direito, numa jogada iniciada por Elias.

Desde que chegou a Belo Horizonte, será a primeira vez que o Atlético ficará sem Chará. Para seu lugar o técnico Thiago Larghi tem várias opções, porém, sem a característica de profundidade do camisa 11 – Tomás Andrade, Nathan e David Terans foram os mais utilizados nos últimos jogos, mas têm estilo cadenciado. Ainda sem estrear pelo clube, o atacante Leandrinho é uma das principais opções caso Larghi queira manter um atleta mais agudo. O jogador foi contratado em julho, vindo de empréstimo do Napoli, mas teve de submeter a uma pré-temporada para readquirir equilíbrio muscular.

Leandrinho sabe que Fábio Santos e Chará farão falta, mas elogia a qualidade de quem vai substituí-los: “Já tivemos partida em que o Fábio Santos ficou de fora e a equipe teve bons substitutos, casos do Hulk e do Juninho, que conseguiram bons resultados e deram conta do sistema defensivo. O Chará se tornou um jogador importante. Desde sua primeira partida, ele mostrou potencial muito grande. Faz muita diferença. Certamente, a equipe sente a falta deles, mas os que estão aí estão preparados para fazer bom trabalho”.

Ainda sem definir o nome do substituto de Chará, o treinador não deu pistas e preferiu abordar o aspecto do condicionamento: “Aquele que estiver em melhores condições físicas vai entrar na partida. Os jogadores estão concentrados, sabendo da missão de vencer”.

SEM ELIAS
Por determinação do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), o volante Elias cumprirá diante do São Paulo, pela 23ª rodada do Brasileiro, o último jogo de suspensão imposta pelas declarações polêmicas contra a arbitragem no duelo com o Palmeiras. No treino de ontem, com os titulares na academia, Larghi não deu qualquer indicação se manterá o esquema com dois jogadores de marcação (Adílson e Zé Welison), usado contra o Timão. Hoje, em treino fechado, ele vai definir a formação que pegará o líder.