A cada etapa do Circuito Loterias Caixa, que reúne alguns dos principais atletas paralímpicos do país, a equipe Cia Athetica Aspacam (Associação Social Plesbiteriana Américo Cardoso de Menezes) entra como favorita para chegar longe, mesmo com apenas três integrantes.
Não foi à toa que o trio de Belo Horizonte, formado pelas gêmeas Marina e Fernanda Paiva e por Felipe Marinho, venceu diversas provas nos anos anteriores da etapa regional, que volta a acontecer neste final de semana, no Praia Clube, em Uberlândia. Os resultados dos últimos anos garantiram o três nas etapas nacionais, que contam com os melhores colocados de cada região. Em 2019, as etapas nacionais vão acontecer em três datas diferentes, até o final do ano, no Complexo Paralímpico, em São Paulo.
Para conseguir os índices estabelecidos pelo Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB), o trio precisará dar um gás a mais no Triângulo Mineiro. Por contar com apenas três atletas, a ideia é participar de várias provas para conseguir somar bastante pontos. "É algo extremamente desgastante. Eu vou participar de cinco provas, a Fernanda de seis, o Felipe de sete. Fazemos isso somente uma vez no ano para obter os pontos necessários no ranking. Com a classificação garantida para a etapa nacional, selecionamos as provas que vamos participar", conta Marina.
Os treinos na academia que levam o nome da equipe, Cia Athletica, em Belo Horizonte, são fundamentais para uma boa preparação. Com uma piscina coberta, o local que dá bolsa para as duas, fornece uma estrutura e garantia de treinamentos em dias de sol e chuva. Por mais que compitam em alto nível, elas preferem não ter a presença em uma seleção paralímpica como prioridade.
"Eu foco muito mais em melhorar meu tempo. O que vier depois disso é consequência. Não fico pensando que preciso ser convocada ou que tenho que ganhar medalha. A presença na seleção é relativa. Às vezes você vai bem em uma prova que não entra na lista dentro de uma competição internacional. Meu maior objetivo é ser, hoje, melhor do que ontem", esclarece Fernanda.
Aprendizado pra chegar em tóquio
Ao contrário das irmãs, formadas em Psicologia, Felipe já tem o objetivo mais claro de chegar a sua primeira Paralimpíada. Por três vezes ele bateu na trave. Conquistas como presença no Campeonato Mundial, medalhas de prata e bronze nos Jogos Parapan-Americanos de 2007 no Rio de Janeiro e detentor do recorde mundial nos 100m Medley, em 2009, servem de motivação.
Ter chegado tão perto da principal competição do mundo o fez ter um importante ensinamento.
"Nos anos anteriores, fui pré-convocado, mas perdi a vaga. Meu rendimento caiu no momento mais importante. Agora, prefiro focar mesmo no ano olímpico, tentando diminuir o desgaste nos anos anteriores. Meu foco total está em Tóquio 2020", conta. Felipe ensina que a presença de pessoas com perda total da visão, como é seu caso, serve também para inspirar outras pessoas. "Ser deficiente não deixa ninguém inválido. Muitas pessoas são estigmatizadas pela sociedade. Elas precisam se espelhar nos resultados que temos para ter uma melhor perspectiva de vida", profetiza.
Trio de BH quer repetir feito 'sobrenatural' em competição paralímpica
Número reduzido de atletas faz com que sequência de até sete provas seja disputada em apenas dois dias
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Não foi à toa que o trio de Belo Horizonte, formado pelas gêmeas Marina e Fernanda Paiva e por Felipe Marinho, venceu diversas provas nos anos anteriores da etapa regional, que volta a acontecer neste final de semana, no Praia Clube, em Uberlândia. Os resultados dos últimos anos garantiram o três nas etapas nacionais, que contam com os melhores colocados de cada região. Em 2019, as etapas nacionais vão acontecer em três datas diferentes, até o final do ano, no Complexo Paralímpico, em São Paulo.
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Aprendizado pra chegar em tóquio
Ao contrário das irmãs, formadas em Psicologia, Felipe já tem o objetivo mais claro de chegar a sua primeira Paralimpíada. Por três vezes ele bateu na trave. Conquistas como presença no Campeonato Mundial, medalhas de prata e bronze nos Jogos Parapan-Americanos de 2007 no Rio de Janeiro e detentor do recorde mundial nos 100m Medley, em 2009, servem de motivação.
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