Revolta de Tomás Andrade após ser substituído no domingo não foi a primeira situação que Larghi teve que contornar
A reação intempestiva do meia argentino Tomás Andrade ao ser substituído ainda no primeiro tempo, domingo, no Maracanã, contra o Flamengo, levanta algumas questões relativas ao trabalho do técnico Thiago Larghi, especialmente, por não se tratar de um caso inédito. Neste seu primeiro ano como treinador profissional, Larghi também precisou lidar com indignações do atacante Róger Guedes e do meia-atacante Luan, que também foram sacados do time no decorrer das partidas.
Até que ponto isso é falta de comando? Até que ponto a inexperiência de Larghi, ex-auxiliar de Oswaldo de Oliveira, que ganhou uma oportunidade no Galo aos 37 anos, pesa em atitudes assim? Até que ponto a indignação de um atleta substituído é legítima? É natural?
O caso de Tomás Andrade o treinador se explicou. “É uma relação de confiança. Disse a ele: calma, confia, é questão tática. Não é uma questão que você estava mal, mas precisávamos fortalecer o lado direito da nossa defesa”, justificou.
Pelas redes sociais, o argentino colocou panos quentes. Continuamos fortes sempre. E sempre o melhor está por vir. Não justifico minha reação, mas foi só esse momento de raiva. Agora já pensando no próximo domingo com alegria”, destacou o jogador, projetando o duelo com o Sport, no Independência.
Levantamento publicado pelo SUPER FC, no último sábado, mostra que Larghi dificilmente faz uma substituição ainda na primeira etapa. Nos três jogos após a Copa (sem considerar a partida contra o Flamengo), o treinador só fez uma alteração na primeira etapa, mas por motivo médico. Aconteceu no jogo contra o Grêmio, quando o atacante Edinho se machucou. No caso de Tomás Andrade, o jogador tem sido utilizado algumas vezes como titular. Em outras, ele entra no decorrer dos jogos ou mesmo tem ficado no banco e não é aproveitado.
Ainda como interino, Larghi tirou Róger Guedes de quatro partidas seguidas. Posteriormente, quando Guedes se firmava como artilheiro, ele não foi sacado de nenhum dos 12 jogos que fez até ser negociado. No caso de Luan, a maior reclamação dele é quanto ao posicionamento em campo.
Os pendurados
Mesmo com oito jogadores pendurados, o Atlético conseguiu passar “ileso” diante do Flamengo, no Maracanã, e não teve jogadores suspensos para o duelo contra o Sport, no próximo domingo, no Independência. O lateral Emerson e o atacante Denilson foram advertidos, mas não estavam com dois cartões. Victor, Patric, Fábio Santos, Leonardo Silva, Iago Maidana, Adilson, Matheus Galdezani e Ricardo Oliveira são os atletas com dois amarelos. Com seis amarelos, o volante Elias é o jogador com mais cartões recebidos no elenco do Atlético. No total, o time já levou 60 cartões amarelos no Campeonato Brasileiro, uma média de 2,3 por partida, e ocupa, nesse quesito, a 11ª posição entre os 20 clubes.