A 'água mole em pedra dura' teve um resultado inesperado para o ditado popular no jogo Atlético e Chapecoense, ida das oitavas da Copa do Brasil. O Galo atacou, a Chape se defendeu e ficou 0 a 0. Na análise de Thiago Larghi, a disputa está favorável para o alvinegro seguir em busca do bicampeonato.
"Não conseguimos fazer o gol, mas criamos inúmeras chances. Faz parte do futebol, o outro time soube se defender e ficar no 0 a 0. Mas é um jogo de 180 minutos, temos mais 90 minutos lá e temos tudo para classificar", afirmou o treinador, em coletiva de imprensa.
Segundo dados estatísticos, o Atlético teve 72% de posse de bola, além de 18 chutes contra 4 dos adversários. Domínio total das ações, que não tiveram contundência, entretanto, segundo a visão do técnico Gilson Kleina, da Chape.
"Era um jogo difícil, time do Atlético tem muita movimentação, jogadores que aparecem muito por jogo. Tiveram volume, mas não foram contundentes. Neutralizar a passagem do Patric e do Róger Guedes, o Otero viria com a bola parada. Era parar isso ai. A equipe foi muito competente", afirmou.
A estratégia de evitar a derrota com a escalação de quatro volantes no meio de campo da Chape surtiu efeito. Resultado positivo para eles, que se classificam em casa com qualquer vitória. O mesmo vale para o Atlético. A partida de volta é em 16 de maio, às 19h30, na Arena Condá. Um novo empate levará a definição da vaga para as quartas de final para a cobrança de pênaltis.
"Imagino que, jogando em casa, eles irão propor mais o jogo, terão de se abrir. Não sei como é a torcida lá. Se eles vão aceitar que o time fique atrás os 90 minutos para se classificar no pênalti. Imagino que não, imagino que o torcedor de Chapecó goste de futebol, goste de ver gol, de ver troca de passes, jogo ofensivo. Aí eles terão de se abrir também, será um jogo mais franco", completou Larghi.