Passada a boa campanha no Mundial da Itália/Bulgária, com o vice-campeonato atrás apenas da Polônia (repetindo o desfecho de quatro anos antes), a bola volta às mãos dos clubes no vôlei masculino. Depois das disputas nos estados, a partir de hoje estará em jogo mais um título da Superliga, recheada não apenas da base da seleção, como de um timaço de estrangeiros capazes de confirmar o altíssimo nível técnico da disputa.
Em meio à por vezes incompreensível tabela montada pelo Departamento de Competições da CBV, o jogo que abre a competição vale pela sexta rodada: às 19h30, o Vôlei Renata recebe, no Taquaral, em Campinas, o hexacampeão Sada Cruzeiro – a primeira rodada, completa, será jogada sexta-feira. E o desafio tanto para a equipe de Marcelo Méndez quanto para o Fiat Minas será confirmar a hegemonia mineira – na temporada passada, o estado não só ficou com os títulos no feminino e no masculino, como conquistou os dois sul-americanos de Clubes. Entre os homens, a representação esse ano cai pela metade, já que o Montes Claros cedeu os direitos de participação ao Corinthians Guarulhos e o UFJF disputará a Superliga B.
Uma missão que não será simples especialmente para a Raposa, apesar de ter conseguido dois nomes de ponta para suprir as saídas dos cubanos León e Simón, ambos rumo ao Lube, da Itália. O central francês LeRoux (campeão da Liga Mundial 2017) e o ponteiro norte-americano Taylor Sander têm tudo para se tornar líderes em seus fundamentos. Para o lugar de Uriarte, levantador da campanha vitoriosa da Superliga passada, Méndez optou por efetivar Cachopa, com o experiente Sandro como opção. Sander, com um desconforto muscular no ombro, fica de fora do time por enquanto, substituído por Rodriguinho.
Candidatos
A derrota por 3 a 0 para o Sesi-SP na decisão da Supercopa, sábado, em Belo Horizonte, mostrou como o caminho para o hepta não será simples. A equipe paulista, vice da Superliga, se reforçou com Lucas Lóh e Éder. O Taubaté manteve a base com destaque para o mineiro Lucarelli, de volta às quadras depois de contusão séria que o tirou do Mundial; além do argentino Conte e de Lucão. Revelação em seu ano de estreia, o Sesi-RJ contratou Wallace e o búlgaro Penchev, que se juntam aos xarás Maurício Souza e Maurício Borges.
Retomada a parceria com a Fiat, patrocinadora de seus três primeiros títiulos (o tri de 1984/1985/1986), o Minas Tênis espera estragar a festa dos favoritos com uma equipe que equilibra experiência e juventude, sob o comando de Nery Tambeiro. De um lado estão o levantador Marlon; os ponteiros Bob e Piá (esse reforço). No outro extremo, o líbero Maique, que disputou o Mundial com a seleção; os opostos Felipe Roque e Elian (cubano de 18 anos).