E encerra sequência de 11 partidas de jejum
Leão ganha de rival direto na luta contra queda com gol do meia Gabriel
O futebol apresentado não foi bom. Mas, depois de uma sequência de 11 partidas em jejum, o Sport precisava sair da fila. Finalmente fez isso diante do frágil Paraná com um magro placar de 1 a 0, neste domingo, na Ilha do Retiro. O gol salvador de Gabriel, ainda na primeira etapa, interrompeu a queda livre na Série A e afundou ainda mais o rival na lanterna do Brasileiro em partida que marcou o reencontro com Claudinei Oliveira, ex-comandante do Leão. Já para o lado rubro-negro, o resultado é simbólico porque representa a primeira vitória sob o comando de Eduardo Baptista após quatro confrontos. É também o fim de uma espera de praticamente três meses. Afinal, o último triunfo havia sido contra o Atlético-PR com o placar de 1 a 0, no dia 6 de junho.
Nesse momento, o visitante começou a crescer no jogo. Teve, inclusive, um gol mal anulado de Rafael Grampola de cabeça após nova cobrança de falta. Nonoca dava condições ao atacante. Com o Paraná melhor a essa altura, o Leão também já sofria muito com os erros de passe ao tentar verticalizar os lances. Aos 27 minutos, eram 22 jogadas desperdiçadas. Sem conseguir esse acerto, deixou de ser mais incisivo no ataque e saiu no lucro para o intervalo.
O resultado alcançado, na 22ª rodada do Brasileirão, fez com o que o Sport chegasse aos 23 pontos, ficando a um de deixar a zona de rebaixamento. Fato que pode acontecer na próxima quarta-feira, quando a equipe vai à Arena Fonte Nova para encarar o Bahia. É mais um confronto decisivo contra a queda à Série B. Para ser novamente vitorioso, contudo, há muito o que corrigir na equipe. Da defesa ao ataque, mesmo com as mudanças na escalação feitas para o duelo.
O jogo
Pressionado, o Sport foi a campo repaginado. Insatisfeito com o desempenho da equipe, Eduardo Baptista fez várias mudanças na escalação. Além de optar pelos retornos dos laterais Cláudio Winck e Sander, manteve Durval na defesa, promoveu a estreia de Nonoca e ainda sacou Morato para colocar Andrigo entre os titulares. No começo do jogo, o que se viu em campo foi um time que priorizou o toque de bola desde o campo de defesa. Trabalhando de pé em pé, incluindo até o goleiro Magrão. Por três vezes, inclusive, o goleiro foi acionado de maneira perigosa recebendo recuos de bola com a marcação muito em cima.
O susto mesmo, por outro lado, veio um lance de bola parada, onde novamente a defesa rubro-negra falhou na marcação. Aos cinco minutos, após cobrança de falta, Cléber Reis acabou acertando o travessão. O lance foi uma exceção no começo do jogo é bem verdade. Melhor postado, o Sport conseguiu controlar a bola e abriu o marcador logo aos 14 minutos com Gabriel chutando de esquerda e após Andrigo fazer um bom papel de pivô no cruzamento de Rogério. Era o fim do jejum do time que não balançava as redes há três jogos, desde quando Eduardo Baptista retornou ao comando.
Mas, após fazer o gol, o Sport se retraiu em campo e deu espaço ao Paraná para ficar com a bola. Caiu bastante de rendimento com brechas na marcação. Algumas proporcionadas por Nonoca, com clara dificuldade física de acompanhar o ritmo de jogo. Já na parte ofensiva, o time voltou a ter dificuldade pela falta de um organizador nato. Ficou na dependência de lampejos individuais de Rogério, Andrigo e Gabriel.
Volante Nonoca foi uma das novidades na escalação, mas mostrou que está fisicamente abaixo
Nesse momento, o visitante começou a crescer no jogo. Teve, inclusive, um gol mal anulado de Rafael Grampola de cabeça após nova cobrança de falta. Nonoca dava condições ao atacante. Com o Paraná melhor a essa altura, o Leão também já sofria muito com os erros de passe ao tentar verticalizar os lances. Aos 27 minutos, eram 22 jogadas desperdiçadas. Sem conseguir esse acerto, deixou de ser mais incisivo no ataque e saiu no lucro para o intervalo.
Segundo tempo
Na volta do intervalo, Eduardo Baptista decidiu tirar Nonoca e colocou Neto Moura em ação. Logo no início, o Sport voltou a tomar um grande susto. Aos sete minutos, Júnior acertou o travessão de Magrão com um chute de longa distância. Na sequência, Carlos marcou o gol, mas estava impedido. Era o primeiro sinal de que o jogo continuaria complicado para o Rubro-negro.
Recuado, o Sport esperou por muito tempo o Paraná atacar. Quando saía com a bola, passou perder os lances com decisões erradas principalmente de Rogério, Andrigo e Cláudio Winck, que caíram de produção. Com esse cenário, a equipe leonina tratou claramente segurar o placar a todo custo, evitando até se expor no campo ofensivo.
Tanto foi assim que Eduardo Baptista chegou a tirar Gabriel para colocar Ronaldo Alves, aos 32 minutos do segundo tempo. Como resultado, o Sport sofreu sustos e viu Magrão voltar a fazer uma grande defesa em um chute de Nadson. No fim, o sofrimento veio com uma vitória.
Ficha do jogo
Sport 1
Magrão; Cláudio Winck, Ernando, Durval e Sander; Nonoca (Neto Moura, intervalo), Fellipe Bastos, Andrigo, Gabriel (Ronaldo Alves, aos 32min do 2ºT) e Rogério (Marlone, aos 25min do 2ºT); Hernane Brocador. Técnico: Eduardo Baptista
Paraná 0
Richard; Junior, René, Cléber Reis e Igor; Alex Santana (Rodolfo, aos 38min do 2ºT), Johnny Lucas (Wesley Dias, intervalo), Caio Henrique e Nadson; Silvinho (Carlos, aos 38min do 1ºT) e Rafael Grampola. Técnico: Claudinei Oliveira
Local: Ilha do Retiro (Recife)
Árbitro: Emerson de Almeida Ferreira (MG)
Assistentes: Celso Luiz da Silva (MG) e Marcus Vinicius Gomes (MG)
Gols: Gabriel (14min do 1ºT)
Cartão amarelo: Cláudio Winck, Fellipe Bastos, Magrão (S); Júnior, Johnny Lucas (P)
Público: 13.966 pessoas
Renda: R$ 88.950,00