Em um roteiro repetido exaustivamente nesta temporada da Fórmula 1, Lewis Hamilton beirou à perfeição ao vencer o GP da Bélgica, neste domingo, com muita tranquilidade. O inglês dominou de ponta a ponta no circuito de Spa-Francorchamps e conquistou a quinta vitória em sete corridas neste ano. O finlandês Valtteri Bottas terminou em segundo e o holandês Max Verstappen completou o pódio.


Dono de vários recordes e números expressivos, Hamilton está cada vez mais perto de fazer história e superar Michael Schumacher, recordista em número de vitórias. O inglês da Mercedes chegou ao 89º triunfo na categoria e está a dois de igualar o feito do alemão.


"Não foi a mais fácil das corridas. As temperaturas dos pneus estavam caindo e eu comecei a sofrer um pouco. Não importa o tamanho do sucesso, precisamos baixar a cabeça para manter essa mentalidade de trabalho incrível", disse o hexacampeão.


Ao vencer pela quarta vez na Bélgica, Hamilton abriu vantagem ainda maior na liderança do Mundial de Pilotos. Ele tem 157 pontos, contra 110 do vice-líder Verstappen e 107 do terceiro colocado Bottas. Neste sábado, a dupla tentou acompanhar o ritmo do líder, mas não conseguiu e cada um terminou na posição em que largou.


Depois de dedicar a pole conquistada no sábado para Chadwick Boseman, protagonista de "Pantera Negra", que morreu vítima de câncer de cólon, Hamilton novamente homenageou o ator ao repetir o gesto com os braços cruzados e os punhos cerrados no pódio.


A Renault obteve seu melhor resultado coletivo em 2020, com o quarto lugar do australiano Daniel Ricciardo, autor da volta mais rápida na última passagem, e a quinta colocação do francês Esteban Ocon. Foi o melhor desempenho da equipe francesa desde o GP da Itália de 2019.


Companheiro de Verstappen na Red Bull, o tailandês Alexander Albon terminou em sexto, à frente do jovem inglês Lando Norris, da McLaren, e do francês Pierre Gasly, da AlphaTauri. A Racing Point completou o top 10, com o canadense Lance Stroll em nono e o mexicano Sergio Pérez no décimo posto.


A Ferrari teve um fim de semana desastroso e não conseguiu colocar nenhum de seus pilotos entre os dez primeiros. o alemão Sebastian Vettel fechou apenas em 13º, e o monegasco Charles Leclerc apareceu na sequência, em 14º.


O italiano Antonio Giovinazzi, da Alfa Romeo, e o inglês George Russel, da Williams, abandonaram a prova. Já o espanhol Carlos Sainz Jr., da McLaren, sequer chegou a correr. Foi detectada uma falha no exaustor do seu carro quando ele se encaminhava para o grid de largada, e o piloto teve de assistir à corrida dos boxes


Antes da prova no circuito belga, os pilotos prestaram uma homenagem ao francês Anthoine Hubert, que morreu em um acidente em corrida da Fórmula 2 em Spa-Francorchamps, no ano passado. Juan Manuel Correa, envolvido na batida, participou do tributo, que teve um minuto de silêncio.


A Fórmula 1 retorna no próximo fim de semana para a disputa do GP da Itália, no circuito de Monza, a oitava etapa da temporada de 2020.


Confira a classificação do GP da Bélgica:


1°) Lewis Hamilton (ING/Mercedes), em 1h24min08s761


2º) Valtteri Bottas (FIN/Mercedes), a 8s448


3º) Max Verstappen (HOL/Red Bull), a 15s455


4º) Daniel Ricciardo (AUS/Renault), a 18s877


5º) Esteban Ocon (FRA/Renault), a 40s650


6º) Alexander Albon (TAI/Red Bull), a 42s712


7º) Lando Norris (ING/McLaren), a 43s774


8º) Pierre Gasly (FRA/Alphatauri), a 47s371


9º) Lance Stroll (CAN/Racing Point), a 52s603


10º) Sergio Perez (MEX/Racing Point), a 53s179


11º) Daniil Kvyat (RUS/Alphatauri), a 70s200


12º) Kimi Raikkonen (FIN/Alfa Romeo), a 71s504


13º) Sebastian Vettel (ALE/Ferrari), a 72s894


14º) Charles Leclerc (ALE/Ferrari), a 74s920


15º) Romain Grosjean (FRA/Haas), a 76s793


16º) Nicholas Latifi (CAN/Williams), a 77s795


17º) Kevin Magnussen (DIN/Haas), a 85s540


Não terminaram a prova:


Carlos Sainz Jr. (ESP/McLaren)


Antonio Giovinazzi (ITA/Alfa Romeo)


George Russel (ING/Williams)