O São Paulo foi julgado pelo Tribunal de Justiça Desportiva (TJD-SP) na segunda-feira (9) e punido com uma multa de R$ 30 mil pelos gritos homofóbicos da torcida no clássico com o Corinthians, dia 15 de fevereiro, no Morumbi, pelo Campeonato Paulista.


Logo no começo da partida, os são-paulinos gritaram "bicha" quando o goleiro Cássio bateu um tiro de meta e o árbitro Douglas Marques das Flores paralisou o jogo. O São Paulo exibiu uma mensagem no telão para alertar os torcedores e nada mais aconteceu.


O clube respondeu por infração no artigo 243-G do Código Brasileiro de Justiça Desportiva, que fala de "ato discriminatório, desdenhoso ou ultrajante, relacionado ao preconceito em razão de origem étnica, raça, sexo, cor, idade, condição de pessoa idosa ou portadora de deficiência" e corria o risco de perder até três pontos.

Raí e Lugano punidos


Além do São Paulo, Raí, diretor executivo de futebol, e Diego Lugano, superintendente de relações institucionais, também foram julgados e punidos pelo TJD. Os dois dirigentes receberam 15 dias de suspensão pelas reclamações após o clássico. Ambos reclamaram de um pênalti de Camacho em Igor Gomes que foi ignorado pelo árbitro Douglas Marques das Flores.


Lugano foi denunciado em dois artigos CBJD (243-F e 258) porque foi atrás do árbitro no túnel de acesso ao vestiário e precisou ser contido pela polícia militar. Já Raí respondeu por infração apenas no artigo 258 ao reclamar publicamente do árbitro na entrevista após o clássico, dizendo que o São Paulo havia sido roubado pelo árbitro.


Com isso, Raí e Lugano não podem ter qualquer contato com o grupo de jogadores e comissão técnica nos dias dos jogos no estádio. A defesa do São Paulo ainda tenta liberá-los, mas, caso isso não aconteça, eles terão de acompanhar os próximos jogos dos camarotes do Morumbi.


O São Paulo foi ainda multado em R$ 2 mil por causa do atraso para voltar do intervalo no clássico com o Corinthians, que foi punido em R$ 1 mil pela mesma infração na partida.