Presidente divulgou vídeo para dar as "boas-vindas" ao mundo

O Kremlin divulgou um vídeo no qual o presidente da Rússia, Vladimir Putin, dá as boas-vindas aos torcedores que assistirão à Copa de 2018 e afirma que o país "abriu seu coração" para o mundo. A competição terá início em 14 de junho, com a partida entre os donos da casa e a Arábia Saudita, e será sediada pela primeira vez pelo maior país do planeta. "Bem-vindos todos aqueles que já chegaram à Rússia e todos aqueles que planejam participar deste evento de importância internacional", disse Putin.

Em seguida, o presidente afirmou esperar que os torcedores tenham uma "experiência inesquecível, não apenas assistindo às partidas de suas equipes favoritas e admirando as habilidades dos jogadores, mas também conhecendo a Rússia".

"Aprendendo sobre sua identidade e cultura, sua história única e diversidade natural, seu povo hospitaleiro, sincero e amigável. Fizemos o melhor para garantir que todos os nossos convidados - atletas, comissões e, claro, torcedores - se sintam em casa na Rússia. Abrimos nosso país e nossos corações para o mundo", completou.

A Copa acontece no momento em que a Rússia é questionada por suas ações no cenário internacional, a começar pela anexação da Crimeia, em 2014, e pela guerra deflagrada por rebeldes pró-Moscou no leste da Ucrânia. Putin já até alertou que Kiev sofrerá "consequências gravíssimas" caso ataque os separatistas durante o Mundial - o conflito está oficialmente paralisado por um cessar-fogo. Além disso, a Rússia é acusada de envenenar um ex-espião no Reino Unido e de envolvimento no abatimento de um avião da Malaysia Airlines, na Ucrânia, em 2014, que matou 298 pessoas.

O país também tem participação ativa na guerra na Síria, lutando ao lado do regime de Bashar al Assad. Outra questão que estará em pauta durante a Copa é o respeito aos homossexuais, em um país que pune criminalmente pessoas acusadas de fazerem "propaganda gay" para menores de idade. O Itamaraty já até aconselhou brasileiros a evitarem manifestações "homoafetivas" em público na Rússia. (ANSA)