FLAMENGO
O ano de 2019 foi muito especial para o Flamengo. Dentro de campo, o Rubro-Negro conquistou três títulos: o Campeonato Carioca, a Copa Libertadores e o Campeonato Brasileiro. Fora dos gramados, o time alavancou em 75% sua receita e atingiu R$ 950 milhões, segundo a Pluri Consultoria, o maior valor da história de um clube brasileiro.
"O resultado dá ao clube elevada capacidade de investimento no futebol em relação aos seus rivais, e consolida um círculo virtuoso em que a maior quantidade de recursos leva a aumento da competitividade dentro de campo, que por sua vez leva a novos aumentos de receitas", divulgou em relatório a empresa.
De acordo com o estudo, o principal ponto de melhora do Flamengo em relação ao ano de 2018 foi a venda de atletas. A receita do clube com negociação de jogadores subiu aproximadamente 357%, chegando a R$ 299,8 milhões. No ano passado, jovens vindos da base, como Léo Duarte e Reinier, foram vendidos por quantias milionárias para equipes da Europa.
O relatório ainda apontou que o Rubro-Negro teve um grande crescimento em um conceito ainda em aperfeiçoamento no Brasil, mas muito importante para clubes estrangeiros: o "matchday". Trata-se da receita gerada por todas as atividades que giram em torno do dia de uma partida, como bilheteria, camarotes, restaurantes, entre outros.
O time da Gávea soube trabalhar o quesito na temporada passada e ampliou o faturamento em 84%, alcançando a quantia de R$ 170,7 milhões. Em 2018, o valor chegou a R$ 93 milhões.
Contudo, a crise causada pela pandemia do novo coronavírus deve atrapalhar a evolução da receita do Flamengo. Sem jogos, as equipes perderam uma série de fontes de rendas, como bilheterias, patrocínios e o dinheiro vindo da televisão.
No último sábado (18), o vice-presidente de relações externas Luiz Eduardo Baptista confirmou que o clube teve de apelar a um empréstimo bancário de R$ 40 milhões para honrar seus compromissos em meio à paralisação do futebol.