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O Atlético estuda os últimos detalhes para tirar o projeto da SAF do papel nos próximos meses. O empresário estadunidense Peter Grieve, presidente da The Football Co., surge como o possível investidor da proposta que deve ser levada à votação no Conselho Deliberativo do clube até março. Mas quem é ele, afinal?
Vida e formação
Ainda criança, Peter Grieve conheceu o futebol na Academia Naval dos Estados Unidos, escola preparatória em Annapolis, capital do estado de Maryland. Graduou-se em 1977 e, em seguida, passou sete anos na Marinha.
Decidiu, então, estudar administração e negócios na Tuck School of Business, em Hanover, no estado de Nova Hampshire. Logo no primeiro ano, tornou-se capitão do time de futebol. Diz jogar até hoje, como meio-campista.
Na época da faculdade, decidiu enviar uma correspondência para desafiar o time de Harvard. Por ironia do destino, foi derrotado por 7 a 1 – placar significativo para o país onde tenta investir décadas depois. "No ano seguinte, fomos lá e vencemos por 3 a 2", contou ao site da instituição em que se formou.
Carreira de Grieve
Pouco depois de sair da faculdade, iniciou a carreira no Goldman Sachs, renomada instituição financeira multinacional sediada em Nova Iorque. Foram 25 anos na empresa até que, em 2009, deixou o cargo de diretor para ajudar a fundar a Cordia Bancorp Inc., grupo para adquirir e recuperar bancos falidos.
No mesmo período, Grieve começou a diversificar os investimentos e as áreas de interesse. Aventurou-se pela indústria de tecnologia e, é claro, pelo futebol. Em 2008, passou a integrar o quadro de diretores do Grassroot Soccer, organização que busca conscientizar jovens africanos sobre o HIV.
Em 2009, investiu no processo de fundação o Bantu Rovers, clube profissional de Zimbábue do qual é coproprietário até hoje. O time chegou à Primeira Divisão, mas não passou do nono lugar. Foi rebaixado em 2017 e ainda não voltou à elite local.
A grande revelação do Bantur Rovers é o meia Marvelous Nakamba, de 28 anos, que jogou na França, na Holanda e na Bélgica até chegar à Inglaterra, onde defende o Aston Villa.

Peter Grieve (à dir.) ao lado de Wilbert Sibanda, gerente geral do Bantu Rovers
foto: Reprodução
Entre 2017 e 2019, Grieve também integrou o grupo de donos do Europa Point, time de Gibraltar. Mais uma vez, não teve grande destaque. A equipe jogou uma edição da Primeira Divisão no período e ficou em 10º, com somente 12 clubes em disputa.
Em 2016, tentou dar o passo mais ousado da carreira e esteve muito perto de adquirir o Hull City, time que à época subiu para a Premier League. Segundo a imprensa inglesa, o acordo com a família Allam, que detinha o clube à época, estava apalavrado.
Porém, uma série de desavenças fez o negócio ser desfeito. CEO do Hull City na época, Nick Thompson contou ao The Athletic que os então donos do clube subiram o preço seguidas vezes, de forma repentina. Grieve teria aceitado os novos valores e marcado um encontro num hotel em Londres para assinar o contrato, mas Ehab Allam não apareceu. O Hull City negou que isso tenha ocorrido.
Grupo bilionário
Depois das três experiências no futebol, Peter Grieve decidiu dobrar a aposta. Fundou a The Football Co. e foi em diferentes continentes buscar investidores com interesse em adquirir equipes pelo mundo num formato chamado de "MCO" (Multi-club ownership), em que um grupo detém vários clubes.
Grieve é o acionista fundador, integrante do comitê de administração e presidente da empresa. De acordo com ele, os investimentos iniciais do The Football Co. serão de 1 bilhão de dólares (R$ 5,16 bilhões da cotação atual). Em entrevista ao site Off The Pitch, o empresário garante que o grupo já adquiriu clubes da Conmebol, da Concacaf e da Uefa, além de "academias de futebol em países em desenvolvimento".
No Brasil, Grieve tentou um acordo com o Botafogo, que preferiu se acertar com John Textor. Neste momento, o grupo interessado no Atlético alega ter negociações com um clube inglês e vários pelo mundo.
"Eles estão prontos e preparados para um 'big bang'. Os clubes pertencem individualmente aos seus próprios investidores. Há um 'big bang' que vai uní-los (no The Football Co.)", prometeu o empresário estadunidense.
Os nomes dos outros investidores do grupo são mantidos sob sigilo por Grieve. A promessa é que a lista seja revelada aos poucos, provavelmente quando os primeiros acordos com clubes forem anunciados oficialmente na primavera no Hemisfério Norte (entre março e junho).
Enquanto Grieve não revela o nome dos investidores, a equipe de relações públicas do empresário enviou ao Off The Pitch a experiência comercial da equipe de liderança do The Football Co.:
Presidente e CEO de uma empresa pública
Executivo comercial de uma liga esportiva dos EUA com 1 bilhão de dólares em acordos de parceria em seu nome
Ex-chefe da Adidas na Ásia
Executivo sênior da Associação de Clubes Europeus (ECA, do original "The European Club Association")
Proprietário e presidente de um clube que disputa a Liga dos Campeões da Europa
Chefe de delegação de um país que disputou a Copa do Mundo do Catar
Interesse pelo Atlético

Arena MRV provavelmente não será incluída na venda da SAF do Atlético /
foto: Bruno Sousa/Atlético
Em meio à prospecção de mercado, apareceu a possibilidade de transformar o grupo em sócio-majoritário da SAF do Atlético. A informação da proximidade do acordo foi publicada pela Itatiaia, enquanto a proposta tinha sido revelada pelo Fala Galo.
Os detalhes da oferta enviada à diretoria alvinegra são mantidos sob sigilo, mas é sabido que a prioridade do clube é deixar de fora do negócio a Arena MRV e a Cidade do Galo.
O modelo de administração do Atlético caso a oferta seja aceita também não se tornou pública. Sabe-se, porém, que o The Football Co. se propõe ser de propriedade de acionistas.
É diferente, por exemplo, dos grupos de clubes detidos por fundos de investimento, como a 777 Partners (dona de Hertha Berlin, Melbourne Victory, Genoa, Standard Liège, Red Star e Vasco) e o Grupo City (Bahia, Manchester City, New York City, Melbourne City, Girona, Palermo, Yokohama Marinos, Sichuan Jiuniu, Lommel, Troyes, Montevideo Torque e Mumbai City).
Nos últimos meses, o Atlético também ouviu outros interessados, mas a tendência de momento é que a proposta escolhida para levar aos conselheiros seja a de Peter Grieve. A expectativa é que o processo de transição para a SAF se inicie ainda no primeiro semestre deste ano.
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Vida e formação
Ainda criança, Peter Grieve conheceu o futebol na Academia Naval dos Estados Unidos, escola preparatória em Annapolis, capital do estado de Maryland. Graduou-se em 1977 e, em seguida, passou sete anos na Marinha.
Decidiu, então, estudar administração e negócios na Tuck School of Business, em Hanover, no estado de Nova Hampshire. Logo no primeiro ano, tornou-se capitão do time de futebol. Diz jogar até hoje, como meio-campista.
Na época da faculdade, decidiu enviar uma correspondência para desafiar o time de Harvard. Por ironia do destino, foi derrotado por 7 a 1 – placar significativo para o país onde tenta investir décadas depois. "No ano seguinte, fomos lá e vencemos por 3 a 2", contou ao site da instituição em que se formou.
Carreira de Grieve
Pouco depois de sair da faculdade, iniciou a carreira no Goldman Sachs, renomada instituição financeira multinacional sediada em Nova Iorque. Foram 25 anos na empresa até que, em 2009, deixou o cargo de diretor para ajudar a fundar a Cordia Bancorp Inc., grupo para adquirir e recuperar bancos falidos.
No mesmo período, Grieve começou a diversificar os investimentos e as áreas de interesse. Aventurou-se pela indústria de tecnologia e, é claro, pelo futebol. Em 2008, passou a integrar o quadro de diretores do Grassroot Soccer, organização que busca conscientizar jovens africanos sobre o HIV.
Em 2009, investiu no processo de fundação o Bantu Rovers, clube profissional de Zimbábue do qual é coproprietário até hoje. O time chegou à Primeira Divisão, mas não passou do nono lugar. Foi rebaixado em 2017 e ainda não voltou à elite local.
A grande revelação do Bantur Rovers é o meia Marvelous Nakamba, de 28 anos, que jogou na França, na Holanda e na Bélgica até chegar à Inglaterra, onde defende o Aston Villa.

Peter Grieve (à dir.) ao lado de Wilbert Sibanda, gerente geral do Bantu Rovers
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Entre 2017 e 2019, Grieve também integrou o grupo de donos do Europa Point, time de Gibraltar. Mais uma vez, não teve grande destaque. A equipe jogou uma edição da Primeira Divisão no período e ficou em 10º, com somente 12 clubes em disputa.
Em 2016, tentou dar o passo mais ousado da carreira e esteve muito perto de adquirir o Hull City, time que à época subiu para a Premier League. Segundo a imprensa inglesa, o acordo com a família Allam, que detinha o clube à época, estava apalavrado.
Porém, uma série de desavenças fez o negócio ser desfeito. CEO do Hull City na época, Nick Thompson contou ao The Athletic que os então donos do clube subiram o preço seguidas vezes, de forma repentina. Grieve teria aceitado os novos valores e marcado um encontro num hotel em Londres para assinar o contrato, mas Ehab Allam não apareceu. O Hull City negou que isso tenha ocorrido.
Grupo bilionário
Depois das três experiências no futebol, Peter Grieve decidiu dobrar a aposta. Fundou a The Football Co. e foi em diferentes continentes buscar investidores com interesse em adquirir equipes pelo mundo num formato chamado de "MCO" (Multi-club ownership), em que um grupo detém vários clubes.
Grieve é o acionista fundador, integrante do comitê de administração e presidente da empresa. De acordo com ele, os investimentos iniciais do The Football Co. serão de 1 bilhão de dólares (R$ 5,16 bilhões da cotação atual). Em entrevista ao site Off The Pitch, o empresário garante que o grupo já adquiriu clubes da Conmebol, da Concacaf e da Uefa, além de "academias de futebol em países em desenvolvimento".
No Brasil, Grieve tentou um acordo com o Botafogo, que preferiu se acertar com John Textor. Neste momento, o grupo interessado no Atlético alega ter negociações com um clube inglês e vários pelo mundo.
"Eles estão prontos e preparados para um 'big bang'. Os clubes pertencem individualmente aos seus próprios investidores. Há um 'big bang' que vai uní-los (no The Football Co.)", prometeu o empresário estadunidense.
Os nomes dos outros investidores do grupo são mantidos sob sigilo por Grieve. A promessa é que a lista seja revelada aos poucos, provavelmente quando os primeiros acordos com clubes forem anunciados oficialmente na primavera no Hemisfério Norte (entre março e junho).
Enquanto Grieve não revela o nome dos investidores, a equipe de relações públicas do empresário enviou ao Off The Pitch a experiência comercial da equipe de liderança do The Football Co.:
Presidente e CEO de uma empresa pública
Executivo comercial de uma liga esportiva dos EUA com 1 bilhão de dólares em acordos de parceria em seu nome
Ex-chefe da Adidas na Ásia
Executivo sênior da Associação de Clubes Europeus (ECA, do original "The European Club Association")
Proprietário e presidente de um clube que disputa a Liga dos Campeões da Europa
Chefe de delegação de um país que disputou a Copa do Mundo do Catar
Interesse pelo Atlético

Arena MRV provavelmente não será incluída na venda da SAF do Atlético /
foto: Bruno Sousa/Atlético
Em meio à prospecção de mercado, apareceu a possibilidade de transformar o grupo em sócio-majoritário da SAF do Atlético. A informação da proximidade do acordo foi publicada pela Itatiaia, enquanto a proposta tinha sido revelada pelo Fala Galo.
Os detalhes da oferta enviada à diretoria alvinegra são mantidos sob sigilo, mas é sabido que a prioridade do clube é deixar de fora do negócio a Arena MRV e a Cidade do Galo.
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É diferente, por exemplo, dos grupos de clubes detidos por fundos de investimento, como a 777 Partners (dona de Hertha Berlin, Melbourne Victory, Genoa, Standard Liège, Red Star e Vasco) e o Grupo City (Bahia, Manchester City, New York City, Melbourne City, Girona, Palermo, Yokohama Marinos, Sichuan Jiuniu, Lommel, Troyes, Montevideo Torque e Mumbai City).
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