Clubes definiram que torneio de 2018 será no formato mata-mata; acordo de transmissão e aproximação com a CBF são próximos passos

Em reunião realizada na tarde da última segunda-feira (5), os membros da Primeira Liga discutiram a proposta para a competição deste ano. Os dirigentes entenderam que a melhor opção para 2018 é mesmo um torneio mata-mata, entre junho e julho, durante a parada para a Copa do Mundo. Não existirá fase de grupos.

Os 16 times participantes vão jogar em fases de oitavas, quartas, semifinais e final, em confrontos de jogos únicos, o que ocuparia apenas quatro datas no calendário, num total de 15 partidas. A Primeira Liga tem hoje 19 membros: Atlético, Cruzeiro, América, Tupi, Flamengo, Fluminense, Grêmio, Internacional, Brasil de Pelotas-RS, Ceará, Atlético-GO, Luverdense-MT, Londrina, Paraná, Avaí, Chapecoense, Criciúma, Figueirense e Joinville.

Os 16 participantes não foram divulgados oficialmente mas, se considerarmos os dez da Série A, restariam vagas para seis equipes que estão hoje nas Séries B e C. Nos anos anteriores, foi considerado o ranking de clubes da CBF para convidar os participantes.

Agora, depois de definir o formato, a Primeira Liga tentará melhorar o contato com a CBF, a fim de dialogar sobre um modelo de competição que permita a inclusão no calendário da entidade, algo que não aconteceu nos dois primeiros anos. A competição, disputada em brechas no calendário, foi considerada amistosa pela entidade que rege o futebol brasileiro.

Presidente do América, Marcus Salum é o novo presidente da Primeira Liga, escolhido pelos clubes após a saída de Gilvan de Pinho Tavares, que deixou a presidência do Cruzeiro no fim do ano passado e não poderia seguir à frente da entidade.

Caberá a Salum, que já conduziu a reunião de segunda-feira, buscar esse diálogo. Além de tentar essa proximidade com a CBF, os clubes, agora, terão de negociar a competição com a TV. Em 2017, a televisão pagou R$ 23 milhões pelo torneio, além das despesas de viagem e hospedagem. Em 2016, no primeiro ano, a cota tinha sido de apenas R$ 5 milhões para dividir entre os clubes.