Apontado por alguns especialistas como a redenção dos times de futebol, o projeto clube-empresa deve entrar na pauta do Atlético no futuro, segundo o presidente atleticano, Sérgio Sette Câmara. Em entrevista exclusiva ao programa Super.FC 1ª edição, da rádio Super Notícia 91,7 FM, na tarde desta terça-feira (24), o mandatário alvinegro comentou o projeto e afirmou não ser favorável ao Galo adotá-lo no cenário atual.

"É uma questão que será discutida e quero crer que não estarei na presidência do clube quando isso for analisado pelo conselho deliberativo, mas estarei no conselho. Da forma que está a legislação atual, acho que não seria recomendado. Se todos os clubes hoje virassem clube-empresa e continuassem com a postura e situação financeira que têm, teriam que pedir falência, porque com o endividamento atual dos clubes, eles estão próximos disso”, ponderou o presidente do Galo.

Dívida

Sette Câmara reconheceu a dívida do clube, que está na casa dos R$ 700 milhões, mas explicou que o Atlético tem um patrimônio considerável, o que pode facilitar muito o processo. 

“No caso do Atlético, o clube tem um endividamento importante, mas um ativo muito maior que o passivo. Isso significa dizer que o nosso patrimônio líquido é muito positivo. Existem clubes em que isso é negativo. Quando um clube tem uma dívida no mercado maior que o patrimônio líquido, ele está insolvente. Não é o nosso caso. O Atlético tem uma dívida importante, mas boa parte equacionada”, explicou o mandatário do Galo. 

Sobre o patrimônio do clube alvinegro, Sette Câmara disse que a ideia da atual diretoria não é desfazer destes bens, mas sim utiliza-los para quitar parte dos débitos. “O que faremos não é vender o shopping, desfazer de patrimônio. Vamos buscar no mercado dinheiro mais barato e chamar credores para fazer a negociação e ir reduzindo e parcelando aquilo que o Atlético tem de dívidas com eles. Com isso, você consegue reduzir de forma importante, a dívida do clube”, completou.