Em um jogo de forças tão equilibradas, tudo pode ser decidido em apenas um lance. Por isso, o mistério nos treinamentos vem marcando cada vez mais presença. Dentre os lances afiados a portas fechadas, destaca-se a jogada aérea, um fundamento que pode fazer a diferença em uma decisão. O Cruzeiro entra em campo nesta quarta-feira contra o Flamengo, às 21h45, no Mineirão, pelo jogo de volta das oitavas de final da Libertadores, querendo melhorar seus índices neste tipo de situação.
Na vitória sobre o Fluminense por 2 a 1, no último fim de semana, pelo Brasileirão, Raniel já guardou o seu utilizando esse tipo de situação. Bola alçada por Arrascaeta e um leve desvio de cabeça na primeira trave para matar o goleiro Júlio César.
Na noite de hoje, o Cruzeiro vai encarar um time que vem encontrando dificuldades para conter este tipo de lance. Dos 17 gols que o Flamengo levou no Campeonato Brasileiro, nove saíram em jogadas aéreas.
A Raposa pode explorar este tipo de situação, uma vez que possui em Léo, Dedé, Barcos e Raniel, jogadores com capacidade de conclusão por meio de bolas alçadas. Munição não vai faltar com a privilegiada visão de jogo de Arrascaeta, Thiago Neves e Robinho, esse último dono do melhor índice de aproveitamento em cruzamentos no Brasileiro - 31,1% (32 de 103 realizados) com a camisa do Cruzeiro.
Mesmo com tantas armas, Dedé vê o time ainda devendo no quesito. E ele faz votos para que esta melhora aconteça contra o Flamengo. No entanto, prega máxima respeito ao rival.
"Isso (jogadas aéreas) é uma concentração que o nosso time está precisando melhorar na questão ofensiva. Nosso time tem uma qualidade muito boa defensivamente, mas a gente tem que continuar com essa concentração porque este tipo de lance decide uma partida. Independentemente se o adversário está passando por um momento difícil em bola aérea, nosso time vai concentrado para fazer o máximo", disse o defensor celeste.
Batalha contra Réver
O Cruzeiro pode aproveitar a brecha dada pelo Fla no jogo aéreo, mas também luta para evitar que o mesmo fundamento encaixe no time rival. Afinal de contas, defendendo as cores do Rubro-Negro, o zagueiro Réver, ex-Atlético, tornou-se o maior zagueiro-artilheiro da história do Campeonato Brasileiro ao lado de Júnior Baiano, ambos com 29 gols.
Dedé teceu elogios ao companheiro de profissão, com quem esteve na seleção brasileira. Com 1,92 m, o cruzeirense prepara-se para anular o rival de mesma estatura.
"O Réver é um dos melhores cabeceadores. Eu já joguei com ele na seleção e vi muito treinamento dele. Em jogos então, o Réver é um dos que possuem mais gols no futebol brasileiro. Sempre há uma preocupação porque ele tem estatura, tem impulsão e muita qualidade para cabecear. Nosso time está sempre tem este foco, esta preocupação, vamos entrar concentrados para que o nosso time consiga neutralizar esta jogada aérea porque o Réver é um excelente jogador", analisou Dedé.