Além do pai do Rei do futebol ter jogado pelo Atlético, Pelé já admitiu que torcia pelo Galo em sua infância. Já o Cruzeiro é o time que lhe aplicou sua derrota mais dolorida.
Não é segredo para ninguém que Edson Arantes do Nascimento, ou simplesmente Pelé, é mineiro. Nascido em Três Corações, no sul do Estado, o Rei do futebol nunca atuou por América, Atlético ou Cruzeiro, porém, apesar de sua relação com Minas Gerais não se passar em primeira pessoa, há alguns capítulos importantes de sua vida e carreira ligadas a seu estado natal, entende?
Para começar a história dessa relação, antes mesmo de Pelé nascer, seu pai, João Ramos do Nascimento, mais conhecido como Dondinho, foi contratado pelo Atlético-MG, no ano de 1940, seis meses antes do nascimento do rei do futebol.
Porém, a história do pai de Pelé com a camisa alvinegra teve apenas um capítulo. O promissor centroavante de apenas 22 anos, atuou apenas uma vez pelo clube. Na ocasião, o Galo empatou por 1 a 1 com o São Cristóvão, no antigo Estádio Antônio Carlos, hoje o Diamond Mall, e o atacante, que fazia sua estreia pelo Atlético, sofreu uma contusão ao longo da partida e foi substituído por Hamilton.
Só que a lesão de Dondinho era mais grave que o esperado, e ele deixou o time e Belo Horizonte para voltar a Três Corações, onde continuou sua carreira em outro Atlético, desta vez o time local. Seis meses depois, nasceu Pelé.
Em 1999, Pelé admitiu, em uma entrevista à revista Placar, que torcia para dois times quando era pequeno: o Vasco e o Atlético-MG. "O time do meu coração sempre foi o Vasco, mas eu também torcia para o Atlético Mineiro, porque meu pai, seu Dondinho, jogou lá", revelou.
Cruzeiro
Se por um lado Pelé teve uma boa relação com o Galo, com o Cruzeiro a lembrança que o Rei do Futebol guarda não é das melhores. Foi o time celeste que deu à majestade a maior e mais dolorida derrota de sua carreira, o histórico 6 a 2, no primeiro jogo da final da Taça Brasil de 1966.
Disputado no Mineirão, aquele jogo deu o reconhecimento de grande clube do futebol brasileiro ao Cruzeiro. Na ocasião, o Santos de Pelé era uma máquina de ganhar títulos. Nos cinco anos anteriores, ganhara as cinco Taças do Brasil, duas Libertadores e dois Campeonatos Mundiais Interclubes.
“Foi uma grande surpresa para nós da equipe do Santos Futebol Clube, que, na época, era imbatível. Eu não posso esquecer de como foi difícil jogar contra o Cruzeiro nessa final. Era um time muito organizado, com toque de bola entre Dirceu Lopes, Tostão, Piazza, etc. E o goleiro Raul com sua camisa amarela, que era novidade entre os goleiros”, contou Pelé, em entrevista ao site do Globoesporte, em 2016.