O Cruzeiro, por meio de sua assessoria de imprensa, emitiu um comunicado oficial sobre o ajuizamento de uma ação protocolada pela Minas Arena solicitando o bloqueio de R$ 12 milhões das contas do clube. De acordo com a nota, a Raposa tomou conhecimento do fato via Imprensa e só vai se manifestar oportunanente sobre o caso quando estiver ciente de todos os detalhes da ação.
A informação foi publicada pelo portal do jornal "Hoje em Dia" nesta terça-feira e dá conta da decisão da 25ª Vara Cível da Comarca de Belo Horizonte, em que o clube celeste não pagou as despesas de jogos realizados pela Raposa no estádio em 2016 e 2017. A medida foi adotada pelo ex-presidente Gilvan de Pinho Tavares depois da utilização do Mineirão pelo Atlético na final da Copa Libertadores 2013. Na ocasião, o dirigente afirmou que o time alvinegro não pagou as despesas do estádio e, a partir daquela momento, suspendeu todos os soldos.
A ação judicial ainda declara que, por várias vezes, a Minas Arena notificou o clube informando dos pagamentos, mas nenhuma resposta foi dada pelo Cruzeiro.
Em contato com o Super FC, Samuel Lloyd, diretor comerical da Minas Arena, voltou a ressaltar a atuação da nova gestão do Cruzeiro no pagamento das dívidas. No entanto, a quitação se concentra nas despesas geradas a partir do ano passado.
"A gente percebe uma mudança com esta nova diretoria. Eles têm se esforçado para honrar todos os seus compromissos e têm se comprometido com a nossa administração neste sentido. Eles (Cruzeiro) pagaram parte das despesas de 2018 e estão quitando alguns jogos que ficaram do ano passado", declarou o executivo.
Lloyd não quis apontar nenhum indício de entendimento entre as partes sobre imbróglio judicial, mas vê que a relação entre clube e Minas Arena poderia ser muito melhor se, à época, o Cruzeiro tivesse entendido o contrato que foi acordado.
"Os novos dirigentes do Cruzeiro têm uma outra leitura do contrato. Entendem que os moldes e o pagamento de 70% dos custos de operação se fazem necessários. Se esse contrato tivesse sido cumprido anteriormente a relação entre nós estaria em outro patamar", salientou Lloyd.
O executivo não vê, ao menos no momento, o Cruzeiro caminhando para uma revisão do atual contrato. "O vínculo que foi feito é muito benéfico. Não vejo nenhum tipo de mudança neste cenário", ressaltou.
A Minas Arena, por meio de sua assessoria de imprensa, divulgou uma nota sobre o ajuizamento da ação.
"Com relação a judicialização da cobrança no último dia 01, o Mineirão informa que o valor se refere ao reembolso de 70% dos custos operacionais das partidas referentes aos anos de 2016 e 2017, tais como segurança, limpeza, brigadistas, dentre outros.
Já estavam ajuizadas as dívidas referentes aos anos de 2013, 2014 e 2015. Reuniões periódicas acontecem com o clube para tratar esta questão.
A diretoria do Cruzeiro já estava ciente deste ajuizamento, pagou parte das despesas do ano de 2018 e conversa com a administração do Mineirão sobre a quitação de 70% dos custos relativos ao ano passado, conforme previsto em contrato.
O Mineirão espera que a questão seja solucionada o mais breve possível e se orgulha de oferecer uma das operações mais eficientes do país, proporcionando excelentes resultados financeiros aos clubes que aqui jogam", escreveu.