Escute o áudio da matériaO Gerdau Minas foi superado pelo Osasco São Cristóvão Saúde nesta sexta-feira (25 de abril), por 3 sets a 0, e está fora da final da Superliga Feminina de vôlei 2024/25, após marcar presença em cinco decisões consecutivas desde a edição 2018. Na partida, disputada na Arena Uni-BH, as parciais foram de 22/25, 19/25 e 20/25.

Com o resultado, a final da Superliga Feminina 2024/25 terá um clássico paulista entre Sesi Vôlei Bauru e Osasco. Será a primeira decisão da década sem a presença de Minas ou Praia Clube, encerrando uma sequência de oito anos. A final está marcada para o dia 1º de maio, às 15h45, no Ginásio do Ibirapuera, em São Paulo (SP).

Após a eliminação, o técnico do Minas, Nicola Negro, analisou o desempenho da equipe. "Foi um jogo muito abaixo, uma atitude que não condiz com uma semifinal. Em Osasco, tínhamos vantagem no primeiro e no quarto sets e não conseguimos fechar. Hoje, o Osasco jogou melhor. Foram mais agressivos no ataque, enquanto nós fomos muito bloqueados, controlados. Infelizmente, nossa apresentação foi muito abaixo".

Desde a temporada 2017, Minas ou Praia sempre estiveram na final da Superliga e dominaram a competição, disputando todas as decisões. O Praia Clube conquistou dois títulos, nas temporadas 2017/18, contra o Sesc-RJ, e 2022/23, enquanto o Minas, dono de seis troféus, levantou a taça em 2018/19, 2020/21, 2021/22 e 2023/24, além das conquistas anteriores em 1992/93 e 2001/02. A temporada 2019/20 não foi concluída devido à pandemia de Covid-19.

Fim da era Nicola Negro
A eliminação para o Osasco também marcou o encerramento da passagem de Nicola Negro pelo comando do Minas. O técnico italiano, multicampeão com a equipe feminina, já havia anunciado sua saída no dia 21 de fevereiro, mas permaneceu à frente do time até o fim da temporada.

Em 2024/25, o Minas conquistou os títulos da Supercopa e do Campeonato Mineiro, foi vice-campeão do Sul-Americano e caiu nas semifinais da Superliga e da Copa Brasil, ambas para o Osasco.

Nicola assumiu o Minas em 2019 e, ao longo de seis temporadas, levou o clube a 23 finais, conquistando três títulos da Superliga, três do Sul-Americano, dois da Copa Brasil, duas Supercopas e três campeonatos mineiros.

Final paulista na Superliga
O Osasco volta à decisão da Superliga Feminina de Vôlei após sete temporadas. A última vez que havia alcançado a final foi em 2016/17, quando eliminou o Praia Clube na semifinal e acabou vice-campeão diante do Rio de Janeiro. Já o Sesi Vôlei Bauru disputará sua primeira final nacional desde a mudança do projeto para o interior de São Paulo.

O JOGO

Minas e Osasco começaram a partida em ritmo intenso, brigando ponto a ponto pela vaga na final da Superliga feminina. O time paulista saiu na frente e manteve a liderança até o 10 a 9. Com uma sequência de quatro pontos, o Minas virou para 12 a 11 e abriu vantagem, chegando a 17 a 13. A equipe paulista, no entanto, buscou a reação e empatou em 20 a 20. A reta final foi equilibrada, com trocas de pontos até o 21 a 21. Com Tifanny decisiva no ataque, o time osasquense assumiu a dianteira e fechou a primeira parcial em 25 a 22.

Já no segundo set, o Osasco manteve o ritmo forte e dominou a parcial desde o início. Com um ataque eficiente e aproveitando os erros do Minas, a equipe paulista abriu vantagem logo nos primeiros pontos. O Minas tentou reagir, mas encontrou dificuldades na recepção e na virada de bola. O Osasco controlou o placar durante toda a parcial e venceu por 25 a 19.

Na última parcial, o Osasco começou melhor e impôs o ritmo da partida. Com bom volume de jogo, a equipe paulista abriu vantagem logo nos primeiros pontos e administrou a diferença até o fim. O time mineiro até tentou reagir, mas encontrou dificuldades na recepção e na virada de bola. O Osasco controlou o placar durante toda a parcial e fechou o set em 25 a 19, garantindo a vitória por 3 sets a 0 e a classificação para a final da Superliga Feminina 2024/25.