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'Mega-Sena dos gramados': começa Copa do Brasil com prêmio de R$ 69 milhões

30/01/2018 00h00 - Atualizado em 21/03/2019 12h31 por Admin


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Rodrigo Gini
Hoje em Dia - Belo Horizonte

Os novos acordos de patrocínio e televisionamento da CBF garantiram, à Copa do Brasil, uma premiação recorde, superior inclusive à de competições internacionais como a Libertadores.

A história da quase trintona disputa (iniciada em 1989) mostra um predomínio lógico dos clubes de maior tradição e poder econômico, mas também espaço para surpresas como Juventude, Paulista e Santo André, o que justifica o sonho e a expectativa dos 91 participantes.

Caso do Boa, de Varginha, primeiro mineiro a entrar em campo, hoje, às 20h, contra o Vitória da Conquista, no interior baiano – Caldense, Uberlândia e URT também jogam essa semana, respectivamente contra Fluminense, Ituano e Paraná Clube (veja o quadro), como mandantes, com o Atlético encarando o xará acreano dia 7, na Arena da Floresta, em Rio Branco.

Desde o ano passado, a primeira fase é disputada em jogo único na casa do time pior ranqueado do confronto, com o visitante jogando pelo empate para seguir adiante – na segunda, igualdade no jogo único leva a decisão para os pênaltis.

A partir da terceira fase, a classificação passa a ser definida em jogos de ida e volta, sem, no entanto, o gol qualificado, que deixa este ano de valer como critério de desempate (segu ndo a CBF, um pleito dos clubes).

Reforço no caixa

E nem é o caso de sonhar apenas com o título e a consequente vaga na Libertadores de 2019 - considerando a média salarial das equipes do interior mineiro (em torno dos R$ 200 mil mensais), o prêmio digno de Mega-Sena permitiria bancar as despesas com os atletas por quase 30 anos.

Superar a primeira pedreira já garantiria, aos cofres, algo em torno de R$ 1 milhão, fora a renda. Que tem tudo para ser mais do que razoável, por exemplo, no caso da Caldense, que recebe o tricolor das Laranjeiras, amanhã no Ronaldão.

Um dos méritos da disputa, aliás, é dar visibilidade a clubes pouco conhecidos do torcedor, mesmo que na maioria dos casos com participações-relâmpago.

Casos do Cordino, do Maranhão; do Interporto, do Tocantins; do Real Desportivo, de Rondônia e do São Raimundo de Roraima, apenas para citar alguns exemplos. Sem contar os vários xarás: são cinco Atléticos, além de Fluminense, Internacional, América e Santos em dose dupla.

Ao menos por enquanto, todos podem se imaginar com a taça nas mãos e o polpudo cheque no bolso.